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21/05/2024 - Bolsa cai e dólar sobe, com Selic e divulgação da ata do Fed no radar

Projeções de Selic maior ao final de 2024 pautam cena doméstica; no exterior, expectativa é por mais pistas sobre trajetória dos juros norte-americanos

A Bolsa brasileira tinha queda nesta terça-feira (21), conforme investidores analisavam projeções maiores para a Selic ao final do ano e mantinham a ata da última reunião do Fed (Federal Reserve), prevista para quarta-feira, no radar.

Às 13h29, o Ibovespa perdia 0,28%, a 127.318 pontos. Já o dólar subia 0,29%, cotado a R$ 5,119.

O mercado seguia atento aos debates em torno da política monetária doméstica, com apostas crescentes em uma taxa Selic mais alta do que o previsto para 2024.

Divulgado na manhã de ontem, o Boletim Focus passou a projetar que a taxa básica de juros feche o ano em 10% —um aumento de 0,25 p.p. (ponto percentual) em relação à estimativa anterior, de 9,75%. Essa foi a terceira semana consecutiva em que economistas consultados pelo BC (Banco Central) ajustaram as expectativas para cima.

O movimento segue a esteira de declarações recentes de diretores da autarquia, que, na ata da última reunião, concordaram em retirar a orientação futura para os próximos encontros, chamado no jargão econômico de "forward guidance", diante de um cenário de maior incerteza na economia brasileira e global.

No encontro do início de maio, o Copom (Comitê de Política Monetária) optou por reduzir a Selic em 0,25 p.p., após seis cortes consecutivos de 0,5 ponto. O presidente da instituição, Roberto Campos Neto, ainda disse em entrevista na semana passada que não pode antecipar novas reduções, sob o argumento de que a autarquia precisa "de tempo, serenidade e calma para saber como as variáveis vão se desenrolar".

"Após o relatório Focus de ontem indicar uma Selic de 10% no final de 2024, uma reunião de analistas com o BC no Rio de Janeiro sugeriu até a possibilidade de elevação da taxa básica de juros", ponderam os especialistas da Guide Investimentos.

Uma possível alta na Selic "puxaria nosso diferencial de juros e favoreceria fortemente o real", avalia Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

Em geral, quanto mais o Federal Reserve cortar os juros e menos o BC afrouxar a Selic, melhor para o real. Isso porque, quanto maior o diferencial de juros entre Brasil e EUA, mais interessante fica a moeda doméstica para uso em estratégias de "carry trade", em que investidores tomam empréstimo em país de taxas baixas e aplicam esse dinheiro em mercado mais rentável.

FONTE: Uol

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