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08/05/2024 - Bolsa cai e dólar sobe antes de decisão sobre a taxa Selic

A Bolsa brasileira operava em queda nesta quarta-feira (8), com investidores à espera da decisão sobre a taxa Selic pelo Banco Central, em meio, também, a uma nova bateria de balanços corporativos.

Às 12h01, o Ibovespa recuava 0,10%, a 129.079,88 pontos, desacelerando o recuo visto mais cedo. Já o dólar subia 0,29%, cotado a R$ 5,082 na venda.

A sessão guarda cautela antes do anúncio do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre o tamanho do corte da taxa básica de juros —se 0,5 p.p (ponto percentual), se 0,25 p.p.

Por cinco reuniões seguidas, o entendimento entre o Comitê foi unânime no corte de 0,5 p.p. Hoje, a taxa está em 10,75% ao ano. E, em março, sinalizou que iria repetir a intensidade da redução na reunião de maio, "em se confirmando o cenário esperado".

Mas a conjuntura econômica, de lá para cá, levou à expectativa de que o Comitê comece a desacelerar o ritmo de cortes na Selic. Pesam-se a inflação dos Estados Unidos acima do esperado em março, a revisão da meta fiscal de 2025 pelo governo federal e, mais recentemente, o impacto das chuvas no Rio Grande do Sul nas expectativas dos agentes econômicos.

"No pano de fundo (da reunião do Copom), o impacto da situação de calamidade no Rio Grande do Sul na economia continua sendo uma fonte de preocupação, especialmente diante do cenário fiscal desafiador e da deterioração das expectativas de inflação", disseram economistas da Guide Investimentos em relatório a clientes.

Frente à tragédia, o Congresso aprovou na terça-feira o projeto de decreto legislativo que reconhece o estado de calamidade no Rio Grande do Sul, abrindo caminho para o envio de recursos federais ao Estado sem que isso afete a meta fiscal do governo ou implique descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.

O contexto leva a um "quase consenso" para a redução do ritmo de queda da Selic para 0,25 p.p., afirma Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos. De fato, a mediana de expectativas de especialistas consultados pela Bloomberg aponta para que o corte seja o de menor magnitude.

"Mas há esperança por uma comunicação menos rígida, sem fechar as portas para a continuidade dos cortes, mesmo sem se comprometer com guidance."

Em teoria, um ritmo mais lento de afrouxamento monetário no Brasil seria positivo para o real, uma vez que isso preservaria melhor a rentabilidade do mercado de renda fixa, atraindo investidores estrangeiros.

No entanto, muitos participantes do mercado têm alertado que, caso eventual decisão do BC de desacelerar o afrouxamento seja motivada por elevadas incertezas fiscais, isso poderia anular o efeito positivo para o real, já que a saúde das contas públicas também é um fator levado em consideração para decisões de investimento.

Na cena empresarial, uma bateria de novos balanços trimestrais —como BRF, GPA, Ambev, Carrefour Brasil e Telefônica Brasil (Vivo)— também pesava no sentimento dos investidores.

Entre as baixas, Telefônica liderava com 5,75%, seguida por Ambev, a 5,32%. Os balanços de ambas as empresas decepcionaram acionistas. Vale recuava 0,60%, em linha com os futuros do minério de ferro na China.

Do lado positivo, BRF avançava 13,75%, seguida por Marfrig, com 8,41%. Os papéis preferenciais da Petrobras subiam 0,89%, enquanto os ordinários avançavam 0,81%, ajudando a aliviar a pressão sobre o Ibovespa e reduzindo perdas vistas mais cedo.

Na terça-feira (7), o dólar encerrou a sessão em leve baixa de 0,13%, cotado a R$ 5,0672 na venda. Foi o segundo dia consecutivo em que a moeda norte-americana fechou perto da estabilidade, com investidores aguardando a decisão do BC sobre o tamanho do corte da Selic.

A Bolsa, por outro lado, registrou ganhos de 0,58%, a 129.210,50 pontos, puxada pela forte cena corporativa em meio à divulgação de balanços trimestrais de peso, como Itaú Unibanco, TIM e Rede D'or.

FONTE: UOL

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