ASSUNTOS DIVERSOS
REGULARIZAÇÃO DE EDIFICAÇÕES NO MUNICÍPIO
DE SÃO PAULO- REGULAMENTAÇÃO
RESUMO: O presente Decreto regulamenta a Lei n.º 13.558/2003 ( Bol. INFORMARE N.º 18/2003), que estabelece normas para regularização de edificações concluídas, em que a área objeto de regularização esteja com as paredes erguidas e a cobertura executada até 13 de setembro de 2002 , e que tenha condições mínimas de higiene, segurança de uso, estabilidade e habitabilidade.
DECRETO Nº 43.383 DE 25.06.2003
( DOM DE 26.06.2003)
Regulamenta a Lei nº 13.558, de 14 de abril de 2003, que dispõe sobre a regularização de edificações e dá outras providências.
MARTA SUPLICY, Prefeita do Município de São Paulo, no uso
das atribuições que lhe são conferidas por lei,
D E C R E T A:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
SEÇÃO I
DA REGULARIZAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES
Art. 1º. A Lei nº 13.558, de 14 de abril de 2003, que dispõe
sobre a regularização de edificações, fica regulamentada
na conformidade das disposições deste decreto.
§ 1º. Poderão ser regularizadas uma ou mais edificações
no mesmo lote, concluídas até 13 de setembro de 2002, que, embora
não atendam às normas da Legislação de Uso e Ocupação
do Solo, do Código de Obras e Edificações e da legislação
correlata, apresentem condições mínimas de higiene, segurança
de uso, estabilidade e habitabilidade, bem como observem o disposto na Lei nº
13.558, de 2003, e neste decreto.
§ 2º. Entende-se por edificação concluída aquela
em que a área objeto de regularização estava, em 13 de
setembro de 2002, com as paredes erguidas e a cobertura executada, mediante
declaração do interessado em planta.
§ 3º. A Prefeitura do Município de São Paulo poderá
exigir obras de adequação para garantir a estabilidade, a segurança,
a higiene, a salubridade, a permeabilidade, a acessibilidade e a conformidade
do uso.
Art. 2º. As obras de adequação, referidas no § 3º
do artigo 1º deste decreto, serão especificadas através de
Notificação de Exigências Complementares - NEC, devendo
ser exigido o profissional habilitado, quando necessário.
§ 1º. Será concedido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias
corridos para a execução das obras referidas na NEC, prorrogáveis
por igual período, excetuada a hipótese prevista no § 3º
do artigo 11 deste decreto, devendo ser apresentadas fotos comprovando o atendimento
à NEC.
§ 2º. O não atendimento às exigências contidas
na NEC implicará o indeferimento do pedido de regularização,
com a aplicação das penalidades cabíveis.
SEÇÃO II
DAS CONDIÇÕES E IMPEDIMENTOS À REGULARIZAÇÃO
Art. 3º. Somente será admitida a regularização de
edificações destinadas a usos permitidos na zona de uso pela Legislação
de Uso e Ocupação do Solo.
Art. 4º. Poderão também ser regularizadas as edificações
que:
I - abriguem usos não-conformes, desde que seja comprovado que, à
época de sua instalação, o uso era permitido, bem como
os acréscimos de área construída que estejam de acordo
com a legislação vigente, quando da referida época da instalação,
devendo, para tanto, apresentar um dos seguintes documentos:
a) ¨Habite-se¨;
b) Alvará de Conservação;
c) Auto de Vistoria;
d) Auto de conclusão;
e) Auto de Regularização;
f) Certificado de Conclusão;
g) Auto de Licença de Localização e Funcionamento;
h) Alvará de Funcionamento;
i) Alvará de Funcionamento de Local de Reunião - AFLR;
j) Auto de Verificação de Segurança - AVS;
l) licenças estaduais e federais;
m) contrato social devidamente registrado;
n) outros documentos poderão ser aceitos a critério da Comissão
de Edificações e Uso do Solo - CEUSO;
II - abriguem as categorias de uso classificadas como C1, S1, E1, I1 e E2 que
tenham ultrapassado os limites definidos para essas categorias em, no máximo,
20% (vinte por cento), observando:
a) 300,00m² (trezentos metros quadrados) para as categorias de uso C1 e
S1;
b) 300,00m² (trezentos metros quadrados) e lotação de 120
(cento e vinte) pessoas para a categoria de uso E1;
c) 600,00m² (seiscentos metros quadrados) para as categorias de uso I1;
d) 3.000,00m² (três mil metros quadrados) e lotação
de 600 (seiscentas) pessoas para a categoria de uso E2;
III - abriguem o uso residencial não enquadrado nas categorias de uso
R1, R2 e R3, classificadas como categoria de uso R, conforme
Resolução SEMPLA/CZ/114/85, com exceção daquelas
situadas nas zonas de uso Z1, Z14, Z15, Z16 e em corredores de uso especial
lindeiros a zona de uso Z1, e apresentem as seguintes condições:
a) 2 (duas) ou mais unidades habitacionais agrupadas horizontalmente e/ou verticalmente,
bem como isoladas, no mesmo lote;
b) até 2 (dois) pavimentos acima do térreo.
Art. 5º. A regularização das edificações enquadradas
nas situações abaixo descritas, além do atendimento às
disposições deste decreto, dependerá de prévia anuência
ou autorização do órgão competente quando:
I - tombadas, preservadas, contidas no perímetro de área tombada
ou localizadas no raio envoltório do bem tombado, com a anuência
do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico,
Artístico e Turístico do Estado de São Paulo - CONDEPHAAT
e/ou do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio
Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo - COMPRESP;
II - situadas em área de proteção dos mananciais com a
anuência do Departamento de Uso do Solo Metropolitano - DUSM da
Secretaria de Estado do Meio Ambiente - SEMA;
III - situadas em área de aproximação dos aeroportos, com
a anuência do Comando Aéreo Regional - IV COMAR;
IV - abrigarem atividades enquadradas na categoria de uso E4, desde que obedecidos
os índices estabelecidos pela Secretaria
Municipal de Planejamento Urbano - SEMPLA, excetuadas as instalações
de Central Telefônica, Distribuição de Sinais de TV - DISTV
(a cabo), Torres de Comunicações, Estações de Telecomunicações,
Torres de Telecomunicações, Antenas de Telecomunicações,
Equipamentos de Telecomunicações, inclusive Equipamentos de Radiofreqüência
(0 KHz a 300 GHz - zero quilohertz a trezentos gigahertz), Estações
de Rádio Celular, Miniestações de Rádio Celular
e Microcélulas de Rádio Celular, que serão objeto de legislação
específica;
V - localizadas em vilas e destinadas a uso diverso do residencial, com a anuência
da totalidade dos proprietários dos imóveis integrantes da vila
e parecer favorável de SEMPLA;
VI - situadas em Áreas de Proteção Ambiental - APAs, com
a anuência da Secretaria de Estado do Meio Ambiente - SEMA, e quando for
o caso, da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente - SVMA ;
VII - abrigarem atividades consideradas Pólos Geradores de Tráfego,
conforme a Seção 4D do Decreto nº 32.329, de 23 de novembro
de 1992, e a Lei nº 10.334, de 13 de julho de 1987, com a apresentação
da Certidão de Diretrizes de Pólo Gerador de Tráfego ou
Termo de Aceitação de Obras e melhorias no Sistema Viário
emitidos pela Secretaria Municipal de Transportes - SMT;
VIII - abrigarem atividades sujeitas ao licenciamento ambiental, listadas na
Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997, complementada
por aquelas relacionadas no artigo 3º da Lei Federal nº 10.165, de
27 de dezembro de 2000, e na Resolução nº 61/2001 do Conselho
Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - CADES, ouvidas
a Secretaria de Estado do Meio Ambiente - SEMA e a Secretaria Municipal do Verde
e do Meio Ambiente - SVMA.
Parágrafo único. No caso de edificações enquadradas
no inciso VII deste artigo que já tenham sido objeto de Certidão
de Diretrizes de Pólo Gerador de Tráfego, será dispensada
a apresentação de nova Certidão quando a variação
do número de vagas para estacionamento de veículos não
exceder a 5% (cinco por cento) do número anteriormente aprovado, observadas
as demais condições aprovadas, inclusive a proporcionalidade entre
a área construída e o número de vagas.
Art. 6º. Não serão passíveis de regularização
para os efeitos da Lei nº 13.558, de 2003, e deste decreto, as edificações
que:
I - estejam edificadas em logradouros ou terrenos públicos, ou que avancem
sobre eles;
II - estejam situadas em zonas de uso Z1, Z14, Z15, Z16 e corredores de uso
especiais lindeiros a zona de uso Z1 e abriguem usos
diferentes dos permitidos na Legislação de Uso e Ocupação
do Solo vigente, excetuadas aquelas para as quais se comprove que, na época
da instalação da atividade, o uso era permitido, de acordo com
o inciso I do artigo 4º deste decreto;
III - tenham sido objeto de Operação Interligada nos termos das
Leis nº 10.209, de 9 de dezembro de 1986, e 11.773, de 18 de maio de 1995,
e se enquadrem em qualquer uma das seguintes situações:
a) estejam "sub judice" em ações relacionadas à
execução de obras irregulares;
b) os interessados não tenham cumprido as contrapartidas estabelecidas
na respectiva Certidão da Operação;
c) apresentem desvirtuamento do uso concedido na respectiva Certidão
da Operação;
d) ultrapassem 20% (vinte por cento) da área construída computável
concedida na respectiva Certidão da Operação;
IV - tenham sido objeto de Operações Urbanas definidas por lei
anterior a 15 de abril de 2003 e se enquadrem em qualquer uma das seguintes
situações:
a) estejam "sub judice" em ações relacionadas à
execução de obras irregulares;
b) os interessados não tenham cumprido as contrapartidas estabelecidas
na respectiva Certidão da Operação;
c) apresentem desvirtuamento do uso concedido na respectiva Certidão
da Operação;
d) ultrapassem 20% (vinte por cento) da área construída computável
concedida na respectiva Certidão da Operação;
V - estejam localizadas nos perímetros das Operações Urbanas
Centro e Água Branca;
VI - estejam situadas em faixas não edificáveis junto a represas,
lagos, lagoas, córregos, fundo de vale, faixa de escoamento de águas
pluviais, galerias, canalizações e linhas de transmissão
de energia de alta tensão;
VII - estejam situadas em áreas atingidas por melhoramentos viários
previstos em lei;
VIII - estejam "sub judice" em ações relacionadas à
execução de obras irregulares, quando a Municipalidade for parte;
IX - estejam localizadas em zona de uso Z1, Z9, Z14, Z15, Z17, Z18, em corredores
de uso especial Z8CR1, Z8CR5 e Z8CR6 e não atendam às restrições
convencionais de loteamentos aprovados pela Prefeitura, nos termos do disposto
no artigo 39 da Lei nº 8.001, de 24 de dezembro de 1973, com a redação
dada pelo artigo 1º da Lei nº 9.846, de 4 de janeiro de 1985;
X - sejam utilizadas ou edificadas para instalações de Central
Telefônica, Distribuição de Sinais de TV - DISTV (a cabo),
Torres de Comunicações, Estações de Telecomunicações,
Torres de Telecomunicações, Antenas de Telecomunicações,
Equipamentos de Telecomunicações, inclusive por Equipamentos de
Radiofreqüência (0 KHz a 300 GHz - zero quilohertz a trezentos gigahertz),
Estações de Rádio Celular, Miniestações de
Rádio Celular e Microcélulas de Rádio Celular, que serão
objeto de legislação específica.
§ 1º. Excetuam-se do disposto no inciso I do "caput" deste
artigo as saliências que avancem sobre o logradouro e que apresentem dimensão
de, no máximo, 50% (cinqüenta por cento) a mais sobre o limite estabelecido
na Tabela 10.12.1 da Lei n° 11.228, de 1992 - Código de Obras e Edificações,
desde que apresentem altura mínima de 3,00m (três metros) em relação
ao passeio público.
§ 2°. Para efeito de comprovação do cumprimento da contrapartida
estabelecida em Operação Interligada ou Operação
Urbana, bem como do uso da edificação, mencionados nas alíneas
"b" e "c" dos incisos III e IV do "caput" deste
artigo, deverá ser apresentada Certidão de Quitação
emitida pela Secretaria Municipal de Planejamento Urbano - SEMPLA.
§ 3º. Excetuam-se do disposto no inciso VII do "caput" deste
artigo as edificações construídas em imóveis atingidos
por melhoramento viário, que atendam às disposições
dos artigos 3º, 4º, 5º e 6º da Lei nº 11.228, de 1992.
Art. 7º. Em observância ao disposto no Código Civil, não
serão regularizadas as edificações com abertura voltada
para a divisa do lote que tiver qualquer de seus pontos situados a menos de
1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) dessa divisa, excetuados
os seguintes casos:
I - as janelas cuja visão não incida sobre a linha divisória,
bem como as perpendiculares, que estejam a mais de 75cm (setenta e cinco centímetros)
da divisa;
II - as paredes de tijolo de vidro translúcido sem aeração;
III - quando for apresentada anuência por escrito, do vizinho, devidamente
identificado.
SEÇÃO III
DAS ÁREAS IMPERMEABILIZADAS
Art. 8º. As edificações cujo terreno tenha área impermeabilizada
superior a 500,00m2 (quinhentos metros quadrados) que descumpriram o percentual
de permeabilidade exigido na lei vigente somente poderão ser regularizadas
se atenderem a uma das seguintes exigências:
I - reserva de, no mínimo, 15% (quinze por cento) da área do terreno
permeável;
II - construção de reservatório, conforme o disposto no
artigo 2º da Lei nº 13.276, de 4 de janeiro de 2002;
III - assinatura de Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta Ambiental,
previsto na Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001- Estatuto da
Cidade, e na Lei nº 13.430, de 13 de setembro de 2.002 - Plano Diretor
Estratégico do Município de São Paulo - PDE, junto à
Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente - SVMA.
Parágrafo único. O atendimento do estabelecido nos incisos I e
II deste artigo será efetivado mediante demonstração gráfica
e declaração em planta.
Art. 9º. As edificações com qualquer destinação,
que dispuserem de estacionamentos descobertos com área superior a 50,00m²
(cinqüenta metros quadrados), apoiados diretamente no solo, somente poderão
ser regularizadas se forem dotadas de área permeável, igual ou
superior a 20% (vinte por cento) da área do espaço considerado,
mediante demonstração gráfica e declaração
em planta.
SEÇÃO IV
DA SEGURANÇA DE USO DAS EDIFICAÇÕES
Art. 10. As indústrias, os comércios, os serviços, os locais
de reunião com lotação igual ou superior a 100 (cem) pessoas
e as edificações com área construída acima de 750m²
(setecentos e cinqüenta metros quadrados), por ocasião do pedido
de regularização, deverão apresentar:
I - Auto de Vistoria Final do Corpo de Bombeiros - AVCB em vigência, ou
Atestado Técnico emitido por profissional habilitado sobre a perfeita
instalação e funcionamento dos equipamentos de combate a incêndio,
de acordo com as Normas Técnicas Oficiais -NTO, para:
a) indústrias, comércios e serviços que depositem e/ou
manipulem produtos químicos perigosos que não sejam armazenados
em tanques fixos, com qualquer área construída;
b) edificações com área superior a 750,00m² (setecentos
e cinqüenta metros quadrados), que necessitem do Sistema Básico
de Segurança nos termos da Lei nº 11.228, de 1992 - Código
de Obras e Edificações;
c) edificações residenciais com altura superior a 9,00m (nove
metros);
d) edificações térreas com lotação superior
a 100 (cem) pessoas, que atendam ao Capítulo 12 e que não ultrapassem
os limites da Tabela 12.11.5.1, ambos da Lei nº 11.228, de 1992 - Código
de Obras e Edificações;
II - Alvará de Funcionamento de Local de Reunião - AFLR, para
locais de reunião com capacidade superior a 100 (cem) pessoas;
III - Auto de Verificação de Segurança - AVS, Certificado
de Manutenção do Sistema de Segurança ou Alvará
de Funcionamento de Equipamentos de Segurança para as edificações
com altura superior a 9,00m (nove metros) ou que contenha pavimento com capacidade
superior a 100 (cem) pessoas e necessitem de Sistema Especial de Segurança
nos termos da Lei nº 11.228, de 1992, exceto as de uso residencial.
Parágrafo único. Para fins de aplicação deste artigo,
considera-se:
I - altura da edificação, o desnível real entre o pavimento
de saída e o último pavimento, excluído o ático;
II - capacidade do pavimento, a lotação calculada de acordo com
os critérios da Lei nº 11.228, de 1992;
III - edificação residencial, também aquela que contém
nos pavimentos térreo e/ou naquele imediatamente contíguo, usos
classificados
nas categorias de uso C1,S1, I1 e E1.
Art. 11. A documentação referida nos incisos I, II e III do "caput"
do artigo 10 deste decreto ou o protocolo de seu requerimento deverá
ser apresentado no ato do protocolamento do pedido de regularização,
nos termos do artigo 13 deste decreto.
§ 1º. Na hipótese de não ser apresentada a referida
documentação ou o protocolo de que trata o "caput" deste
artigo, será concedido um único prazo, comunicado pelo setor responsável
pela análise, para a apresentação dessa documentação,
sendo que o não atendimento no prazo de 60 (sessenta) dias ensejará
o indeferimento do processo de regularização.
§ 2º. No caso do indeferimento mencionado no § 1º deste
artigo, havendo recurso, conforme previsto no § 3º do artigo 32 deste
decreto, a apresentação da documentação ou do protocolo
de que trata este artigo é condição para prosseguimento
da análise, caso contrário, o recurso será indeferido.
§ 3º. O prazo máximo para a execução das obras
e serviços necessários para adaptação das edificações
às normas de segurança, a partir da emissão da Intimação
para Execução de Obras e Serviços - IEOS pela SEHAB ou
pelas Subprefeituras é de 180 (cento e oitenta) dias para os locais de
reunião e de 360 (trezentos e sessenta) dias para as demais edificações,
podendo tais prazos ser prorrogados uma única vez por igual período.
§ 4º. Decorrido o prazo estabelecido no § 3º deste artigo
sem comprovação do atendimento às exigências de segurança,
o pedido de regularização deverá ser indeferido e aplicadas
as sanções previstas nas Leis n° 9433, de 1º de abril
de 1982, nº 10.348, de 4 de setembro de 1987, e nº 11.228, de 1992
- Código de Obras e Edificações.
§ 5º. Os documentos citados no artigo 10 deste decreto, bem como o
Certificado de Acessibilidade, que tenham como pré-requisito a comprovação
da regularidade da edificação, poderão ser emitidos mediante
a apresentação do protocolo do pedido de regularização.
Art. 12. As edificações que possuam tanques fixos de armazenamento
de produtos químicos inflamáveis e explosivos nos estados sólidos,
líquidos e gasosos, ou aparelhos de transporte horizontal ou vertical
indicados na Lei n° 10.348, de 4 de setembro de 1987, poderão ser
regularizadas independentemente da regularidade destes equipamentos, devendo
constar do Auto de Regularização a ressalva de que o mesmo não
reconhece a regularidade desses equipamentos.
Parágrafo único. O uso dos equipamentos referidos no "caput"
deste artigo dependerá de pedido subordinado ao atendimento da legislação
específica e das respectivas normas técnicas quanto à segurança
de uso, por ocasião do pedido de Alvará de Funcionamento de Equipamentos
e de Alvará de Funcionamento de aparelhos de transporte vertical ou horizontal,
a serem emitidos pelo Departamento de Controle de Uso de Imóveis - CONTRU
da Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano - SEHAB.
CAPÍTULO II
DO PROCESSO DE REGULARIZAÇÃO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 13. A regularização da edificação dependerá
da apresentação pelo proprietário, possuidor do imóvel,
ou seu representante legal devidamente identificado, dentro do prazo estabelecido
no artigo 31 deste decreto, dos seguintes documentos:
I - requerimento, mediante formulário específico, totalmente preenchido
e sem rasuras, contendo declaração do interessado responsabilizando-se,
sob as penas legais, pela veracidade das informações e pelo atendimento
dos requisitos previstos na Lei nº
13.558, de 2003, e neste decreto, com endereço completo do interessado
e do imóvel ou gleba onde se localiza, quando houver;
II - cópia da Notificação-Recibo do Imposto Predial e Territorial
Urbano -IPTU do exercício de 2002, relativo ao imóvel onde se
localiza a edificação ou gleba na qual estiver incluído;
III - comprovantes dos seguintes recolhimentos:
a) preço de expediente, no valor de R$ 20,00 (vinte reais), incluída
a taxa bancária;
b) taxa específica para regularização, no valor R$ 2,90
(dois reais e noventa centavos) por metro quadrado de área a ser regularizada;
IV - comprovante de recolhimento do Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza - ISS, relativo à área a ser regularizada, observando
o disposto no Capítulo VI deste decreto;
V - cópia de documento que comprove a propriedade ou a posse do imóvel,
mediante qualquer tipo de titularidade em nome do interessado, tais como escritura,
compromisso ou promessa de compra e venda ou de cessão, recibo de pagamento
total ou parcial de aquisição, desde que comprovada sua origem
perante o Cartório de Registro de Imóveis, por meio da respectiva
transcrição ou matrícula;
VI - declaração de anuência do condomínio quanto
ao pedido de regularização, quando for o caso, firmada por seu
síndico, acompanhada de cópia da ata da assembléia que
o elegeu e demais documentos pertinentes, observado o disposto na convenção
condominial devidamente registrada;
VII - peças gráficas compostas de plantas e cortes da edificação,
em 2 (duas) vias, assinadas pelo proprietário, possuidor, ou seu representante
legal, observadas as normas em vigor de padronização de projetos
e as regras relativas ao processo especial de aprovação de projetos
de edificações, com a exceção prevista no artigo
16 deste decreto, devendo, ainda, constar das plantas:
a) declaração, sob as penas da lei, de que as mesmas configuram
fielmente o terreno e as construções existentes em 13 de setembro
de 2002;
b) o uso da edificação, bem como a destinação dos
compartimentos;
c) a identificação das partes da edificação a serem
regularizadas e as existentes regulares, se for o caso;
d) a identificação das áreas permeáveis e do reservatório,
se exigidos, de acordo com os artigos 8° e 9° deste decreto;
VIII - cópia de documento que comprove a regularidade da construção
existente até 15 de abril de 2003, se houver, sendo admitidas divergências
para menor e de, no máximo, 5% (cinco por cento) para maior entre a área
da edificação e aquela constante na documentação,
conforme estabelecido na Seção 7.A do Decreto nº 32.329,
de 23 de setembro de 1992;
IX - 1 (uma) via do memorial industrial, conforme padrão estabelecido
pela Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano - SEHAB,
assinada pelo responsável técnico e pelo proprietário da
empresa, quando se tratar de uso industrial;
X - 2 (duas) vias do memorial descritivo referente ao desdobro do lote para
as situações previstas no parágrafo único do artigo
38 deste decreto;
XI - cópia dos demais documentos exigidos neste decreto, quando for o
caso:
a) comprovação da instalação do uso não-conforme,
de acordo com o artigo 4°, inciso I, deste decreto;
b) anuências e pareceres, conforme exigido no artigo 5° deste decreto;
c) Certidão de Diretrizes da Secretaria Municipal de Transportes - SMT
já emitida para a edificação regular existente;
d) Certidão de Quitação emitida pela Secretaria Municipal
de Planejamento Urbano - SEMPLA referente à Operação Interligada
ou Operação Urbana;
e) declaração informando se a edificação a ser regularizada
é objeto de ação judicial de que a Municipalidade seja
parte, nos termos do artigo 6°, inciso VIII, deste decreto;
f) anuência do vizinho para a abertura localizada a menos de 1,50m (um
metro e cinqüenta centímetros) da divisa nos termos do artigo 7°,
inciso "III", deste decreto, acompanhado de cópia do IPTU do
lote vizinho;
g) comprovação da segurança de uso da edificação,
nos termos do artigo 10 deste decreto.
§ 1º. Quando se tratar de edificações com área
superior a 500,00m² (quinhentos metros quadrados) e de edificações
enquadradas nos artigos 10 e 12 deste decreto, as peças gráficas
de que trata o inciso VII do "caput" deste artigo deverão ser
assinadas por profissional habilitado que responsabilizar-se-á pela higiene,
segurança de uso, estabilidade e habitabilidade da edificação
e pela fidelidade das plantas.
§ 2º. Quando se tratar de residências, e nos casos descritos
no artigo 17 deste decreto, as peças gráficas nele mencionadas
poderão ser simplificadas, restringindo-se às plantas baixas e,
quando necessário, poderá ser exigido corte esquemático
da edificação.
§ 3º. Não será aceito o requerimento citado no inciso
I desacompanhado dos demais documentos referidos nos incisos II, III, V e VII,
todos do "caput" deste artigo.
§ 4º. A Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano
- SEHAB e as Subprefeituras disponibilizarão o requerimento mencionado
no inciso I do "caput" deste artigo, por meio do sistema informatizado
de processos da Prefeitura Municipal de São Paulo, para que a Secretaria
de Finanças e Desenvolvimento Econômico apure e lance os impostos
devidos.
Art. 14. O requerimento e as guias de recolhimento para regularização
com base neste decreto, mencionados em seu artigo 13, poderão ser obtidos:
I - na Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano - SEHAB,
nas Subprefeituras e na Secretaria Municipal das Subprefeituras -SMSP;
II - por meio eletrônico, no endereço da Prefeitura do Município
de São Paulo, www.prefeitura.sp.gov.br.
Parágrafo único. O requerimento e as guias deverão ser
preenchidos conforme as instruções contidas, devendo também
ser recolhido o valor específico na rede bancária autorizada.
CAPÍTULO III
REGULARIZAÇÃO "EX OFFICIO"
Art. 15. Independente de solicitação ou de protocolamento de requerimento,
serão consideradas regulares as edificações residenciais
ou as residenciais com uso misto nos termos da Legislação de Uso
e Ocupação do Solo, desde que permitido na zona de uso, com área
construída total de até 150,00m² (cento e cinqüenta
metros quadrados), localizadas em terrenos com lançamento fiscal, para
o exercício de 2002, já desdobrado e no qual conste essa área
construída.
§ 1º. Não poderão se beneficiar das disposições
deste artigo, devendo o interessado requerer a regularização nos
termos da Lei n° 13.558, de 2003, e deste decreto, as edificações:
I - que abriguem uso residencial misto com uso industrial, ou para depósito
ou comércio de produtos perigosos;
II - cuja área construída objeto de regularização
seja diferente da área construída lançada na Notificação-Recibo
do IPTU;
III - enquadradas nos artigos 5º, 9º e 27 deste decreto;
IV - para as quais tenha sido protocolado pedido de regularização
de acordo com o artigo 13 e 16 deste decreto.
§ 2º. Constatado o enquadramento da edificação em um
dos casos previstos no § 1º deste artigo ou no artigo 6º deste
decreto, o documento de regularidade expedido automaticamente será declarado
nulo e aplicadas as sanções cabíveis.
§ 3º. A PMSP enviará ao interessado o Certificado de Regularidade
da edificação enquadrada neste artigo no prazo máximo de
1 (um) ano, no endereço de entrega constante da Notificação-Recibo
do respectivo IPTU, não sendo devido qualquer tipo de taxa ou preço
público.
§ 4º. O documento de que trata o § 3º deste artigo será
considerado hábil para obtenção do Auto de Licença
de Localização e Funcionamento no caso de usos mistos, desde que
permitidos na zona e comprovado o início da atividade em data anterior
a 13 de setembro de 2002, através de contrato social, contrato de locação
ou Cadastro dos Contribuintes Mobiliários - CCM.
§ 5º. Por opção do interessado, poderá ser requerido
"visto em planta", conforme o artigo 16 deste decreto, a qualquer
tempo, independentemente do prazo estabelecido no artigo 31 deste decreto.
CAPÍTULO IV
PROCEDIMENTO SIMPLIFICADO
Art. 16. Poderá ser requerida a regularização, por meio
do procedimento simplificado estabelecido neste artigo, da edificação
com área total de construção de até 150,00m²
(cento e cinqüenta metros quadrados), nos seguintes casos:
I - destinada ao uso residencial;
II - destinada ao uso residencial misto com outro uso permitido na zona, excetuadas
aquelas com uso industrial ou para depósito ou comércio de produtos
perigosos;
III - destinada a outros usos permitidos na zona, excetuadas aquelas com uso
industrial ou para depósito ou comércio de produtos perigosos.
§ 1º. Aplicam-se as disposições deste artigo às
edificações de que trata o inciso III do artigo 4º deste
decreto, com, no mínimo, 2 (duas) unidades habitacionais e, no máximo,
300,00m² (trezentos metros quadrados) de área total de construção
e, no máximo, 2 (dois) pavimentos acima do térreo.
§ 2º. Não se aplicam as disposições deste artigo
às edificações enquadradas nos artigos 5º, 9º
e 27 deste decreto.
§ 3º. Para os casos previstos neste artigo deverão ser apresentados
somente os seguintes documentos:
I - requerimento, mediante formulário específico, totalmente preenchido
e sem rasuras, contendo declaração do interessado responsabilizando-se,
sob as penas legais, pela veracidade das informações e pelo atendimento
dos requisitos previstos na Lei nº 13.558, de 2003, e neste decreto, com
endereço completo do interessado e do imóvel ou gleba onde se
localiza, quando houver;
II - cópia da Notificação-Recibo do Imposto Predial e Territorial
Urbano - IPTU do exercício de 2002, relativa ao imóvel onde se
localiza a edificação ou gleba na qual estiver incluído;
III - comprovante de recolhimento do preço de expediente, no valor de
R$ 20,00 (vinte reais), incluída a taxa bancária;
IV - cópia de documento que comprove a propriedade ou a posse do imóvel,
por meio de qualquer tipo de titularidade em nome do interessado, tais como
escritura, compromisso ou promessa de compra e venda ou de cessão, recibo
de pagamento total ou parcial de aquisição, desde que comprovada
sua origem perante o Cartório de Registro de Imóveis, mediante
a respectiva transcrição ou matrícula;
V - peças gráficas simplificadas, conforme o § 2° do
artigo 13 deste decreto;
VI - comprovante do recolhimento da taxa específica para regularização,
no valor R$ 2,90 (dois reais e noventa centavos) por metro quadrado de área
a ser regularizada, somente para a situação prevista no inciso
III do "caput" deste artigo.
§ 4º. Após a regularização das edificações
de que trata este artigo, serão canceladas as multas sobre elas incidentes,
decorrentes da aplicação da legislação edilícia
e de uso e ocupação do solo, aplicadas até 15 de abril
de 2003, vedada a restituição dos valores pagos a esse título.
§ 5º. O disposto no § 4º deste artigo aplica-se inclusive
aos casos sob apreciação judicial, desde que o interessado manifeste
sua desistência expressamente no processo, pagando as custas e os honorários.
Art. 17. Quando a regularização se referir à alteração
interna de uma unidade da edificação ou às obras complementares
definidas na Lei nº 11.228, de 1992 - Código de Obras e Edificações,
sendo o restante da edificação regular, a peça gráfica
de que tratam o inciso VII do "caput" do artigo 13 e o inciso V do
§ 3º do artigo 16, ambos deste decreto, poderá ser substituída
por planta baixa da parte a ser regularizada e indicação da projeção
do restante construído.
CAPÍTULO V
DA OUTORGA ONEROSA
Art. 18. A regularização das edificações com área
de construção total superior a 500,00m² (quinhentos metros
quadrados), ficará sujeita ao pagamento de outorga onerosa, quando a
área construída total exceder o coeficiente de aproveitamento
máximo estabelecido para a respectiva zona vigente até 14 de setembro
de 2002, data da publicação do Plano Diretor Estratégico
do Município de São Paulo - PDE.
§ 1º. A outorga onerosa incidirá somente sobre o excedente
da área construída a regularizar, considerado em relação
ao coeficiente de aproveitamento máximo, e seu valor será calculado
pela multiplicação dos seguintes fatores: área excedente
multiplicada pela variável de localização, multiplicada
pelo valor do metro quadrado do terreno constante da Notificação-Recibo
do IPTU, relativo ao exercício de 2002, atualizado pelo Índice
de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA ou outro índice que vier
a substituí-lo.
§ 2º. A variável de localização utilizada para
o cálculo da outorga onerosa assumirá valores segundo a localização
do imóvel nas macroáreas delimitadas no Plano Diretor Estratégico
do Município de São Paulo - PDE, na seguinte conformidade:
I - nos casos em que o coeficiente de aproveitamento 4,0 (quatro) não
foi ultrapassado, a variável de localização será:
a) igual a 0,3 (zero três) na Macroárea de Urbanização
e Qualificação formada pelos seguintes distritos, excluídas
as partes dos distritos que integram a Macrozona de Proteção Ambiental:
Anhangüera, Artur Alvim, Brasilândia, Cachoeirinha, Campo Limpo,
Cangaíba, Capão Redondo, Cidade Ademar, Cidade Líder, Cidade
Tiradentes, Cursino, Ermelino Matarazzo, Guaianazes, Iguatemi, Itaim Paulista,
Itaquera, Jaçanã, Jaraguá, Jardim Helena, Jardim São
Luis, José Bonifácio, Lajeado, Mandaqui, Parque do Carmo, Pedreira,
Perus, Ponte Rasa, Sacomã, São Mateus, São Miguel, São
Rafael, Sapopemba, Socorro, Tremembé, Tucuruvi, Vila Curuçá,
Vila Jacuí e Vila Medeiros;
b) igual a 0,4 (zero quatro) na Macroárea de Urbanização
em Consolidação, formada pelos seguintes distritos, excluídas
as partes dos distritos que integram a Macrozona de Proteção Ambiental:
Água Rasa, Aricanduva, Belém, Campo Grande, Carrão, Casa
Verde, Freguesia do Ó, Ipiranga, Jabaquara, Jaguara, Jaguaré,
Limão, Penha, Pirituba, Rio Pequeno, Santana, São Domingos, São
Lucas, Saúde, Vila Formosa, Vila Guilherme, Vila Maria, Vila Matilde,
Vila Prudente e Vila Sônia;
c) igual a 0,5 (zero cinco) na Macroárea de Reestruturação
e RequalificaçãoUrbana, formada pelos distritos da Barra Funda,
Bela Vista, Bom Retiro, Brás, Cambucí, Liberdade, Mooca, Pari,
República, Santa Cecília, Sé e Vila Leopoldina, pelas áreas
das Operações Urbanas existentes e propostas, pelas atuais zonas
de uso industrial Z6 e Z7 e ZUPI criadas por lei estadual, pelas áreas
de Projetos Estratégicos e pelas áreas de Intervenção
Urbana ao longo das linhas de transporte de alta capacidade;
d) igual a 0,6 (zero seis) na Macroárea de Urbanização
Consolidada, formada pelos distritos de Alto de Pinheiros, Butantã, Campo
Belo, Consolação, Itaim-Bibi, Jardim Paulista, Lapa, Moema, Morumbi,
Perdizes, Pinheiros, Santo Amaro, Tatuapé, Vila Andrade e Vila Mariana;
II - nos casos em que o coeficiente de aproveitamento ultrapassar a 4,0 (quatro),
a variável de localização assumirá o dobro do valor
constante das alíneas do inciso I do § 2º deste artigo.
§ 3º. A outorga onerosa para regularização de edificação
não incidirá nas seguintes hipóteses:
I - nos conjuntos habitacionais deinteresse social promovidos pelo setor público
ou privado, previstos na Legislação de Uso e Ocupação
do Solo;
II - nos imóveis próprios das entidades interessadas e naqueles
dados pelo poder público em comodato, cessão ou permissão
de uso, destinados ao uso institucional sem fins lucrativos das categorias de
uso E1.2, E1.4, E1.5, S1.4, E2.2, E2.4, E2.5 e S2.4, excetuados os que tenham
sido dados em locação mediante instrumento escrito ou não.
§ 4º. Do Auto de Regularização das edificações
previstas no § 3º deste artigo constará, obrigatoriamente,
a seguinte ressalva:
"O uso autorizado e a alteração desse uso somente poderá
ocorrer com o pagamento da devida outorga onerosa e demais encargos previstos
neste decreto".
§ 5º. O valor do pagamento da outorga onerosa poderá ser parcelado,
observando-se o máximo de 10 (dez) parcelas fixas, mensais e o valor
mínimo de R$ 200,00 (duzentos reais) por parcela.
§ 6º. Para os casos que se enquadrem no "caput" deste artigo,
o despacho de deferimento da regularização dependerá da
comprovação do recolhimento total do valor correspondente à
outorga onerosa.
Art. 19. Nos casos de edificações que foram objeto de Operações
Urbanas e Operações Interligadas, não se aplica o limite
de área construída total superior a 500,00m² (quinhentos
metros quadrados) prevista no artigo 18 deste decreto, sendo devida a outorga
onerosa sempre que houver excedente de área construída a regularizar,
calculada conforme segue:
I - nos casos em que não foi ultrapassado o coeficiente máximo
de aproveitamento 4,0 (quatro), será aplicada uma das seguintes fórmulas,
prevalecendo a que resultar em maior valor:
a) área excedente multiplicada por 2 (duas) vezes o valor da contrapartida
equivalente ao metro quadrado objeto do benefício,
estabelecida na respectiva Operação, devidamente atualizada pelo
Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA ou outro índice
que vier a substituí-lo;
b) área excedente multiplicada pelo valor do metro quadrado do terreno
constante da Notificação-Recibo do Imposto Predial e Territorial
Urbano - IPTU, relativo ao exercício de 2002, atualizado pelo Índice
de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA ou outro índice que vier
a substituí-lo;
II - nos casos em que foi ultrapassado o coeficiente máximo de aproveitamento
4,0 (quatro), será aplicado uma das seguintes fórmulas, prevalecendo
a que resultar em maior valor:
a) área excedente multiplicada por 3 (três) vezes o valor da contrapartida
equivalente ao metro quadrado objeto do benefício, estabelecida na respectiva
Operação, devidamente atualizada pelo Índice de Preços
ao Consumidor Amplo - IPCA ou outro índice que vier a substituí-lo;
b) área excedente multiplicada por uma vez e meia o valor do metro quadrado
do terreno constante da Notificação-Recibo do Imposto Predial
e Territorial Urbano - IPTU, relativo ao exercício de 2002, atualizado
pelo IPCA ou outro índice que vier a substituí-lo.
Art. 20. Os valores recolhidos em razão da outorga onerosa de regularização
serão destinados ao Fundo Municipal de Habitação - FMH
ou seu sucessor.
CAPÍTULO VI
DA TRIBUTAÇÃO
Art. 21. O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS, exigido
nos termos do inciso IV do "caput" do artigo 13 deste decreto, no
valor de R$13,68 (treze reais e sessenta e oito centavos) por metro quadrado,
deverá ser recolhido de uma só vez ou em até 5 (cinco)
parcelas fixas mensais, iguais e sucessivas, sendo que nenhuma delas poderá
ser inferior a R$ 50,00 (cinqüenta reais).
§ 1º. Não serão cobrados juros ou multas se todas as
parcelas forem pagas até a data dos respectivos vencimentos.
§ 2º. Para as áreas construídas já lançadas
no Cadastro Imobiliário Fiscal, que integrem parcial ou totalmente a
área objeto da regularização, o correspondente Imposto
Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS deverá ser recolhido
na forma do "caput" deste artigo.
§ 3°. Não se aplica o disposto no "caput" deste artigo
aos créditos tributários já constituídos por meio
de Auto de Infração e Intimação, hipótese
na qual a regularização somente será possível com
a extinção dos referidos créditos.
§ 4º. Será cobrado o Imposto Sobre Serviços de Qualquer
Natureza - ISS, relativo às obras necessárias à adequação
do imóvel, exigidas pela Prefeitura nos termos do artigo 2º deste
decreto, quando a referida adequação resultar em aumento de área.
§ 5º. Deverá ser recolhido o Imposto sobre Serviços
de Qualquer Natureza - ISS para os serviços de demolição
necessários à adequação dos imóveis visando
à regularização da edificação.
§ 6º. As eventuais diferenças de Imposto Sobre Serviços
de Qualquer Natureza - ISS, em razão da falta de recolhimento ou recolhimento
a menor do tributo relativo à área declarada ou em razão
de diferença de área apurada posteriormente, serão cobradas
antes do despacho de deferimento do pedido de regularização, de
acordo com a legislação em vigor.
§ 7º. Para fins de regularização de edificação
de que trata este decreto, o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
- ISS, anteriormente recolhido, aindaque em processo anterior de regularização,
relativo ao mesmo pedido, será considerado para a quitação
ou a título de compensação, desde que seja apresentado
o respectivo comprovante de quitação.
Art. 22. O imposto mencionado no "caput" do artigo 21 deste decreto
será lançado de ofício por Notificação-Recibo
- NR, considerando regularmente notificado o sujeito passivo com a entrega da
Notificação-Recibo pelo correio.
§ 1º. As datas de entrega das Notificações-Recibo nas
agências postais, bem como as datas de vencimento dos tributos serão
divulgadas, pela Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico,
na imprensa oficial e, no mínimo, em 2 (dois) jornais de grande circulação
no Município de São Paulo.
§ 2º. Para todos os efeitos de direito, no caso do § 1º
deste artigo e respeitadas suas disposições, presume-se feita
a notificação do lançamento e regularmente constituído
o crédito tributário correspondente 5 (cinco) dias após
a entrega das Notificações-Recibo nas agências postais.
§ 3º. A presunção referida no § 2º deste artigo
é relativa e poderá ser contestada pela comunicação
do não recebimento da Notificação-Recibo, protocolada pelo
sujeito passivo junto à Administração Municipal, no prazo
de 15 (quinze) dias contados da data de sua entrega nas agências postais.
§ 4º. Na impossibilidade de entrega da Notificação-Recibo
na forma prevista neste artigo, ou no caso de recusa de seu recebimento, a notificação
do lançamento far-se-á por edital.
Art. 23. Para as edificações regularizadas nos termos da Lei nº
13.558, de 2003, e deste decreto, não será lançado o Imposto
Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS sobre elas incidente quando
enquadradas nos seguintes casos:
I - com área total construída de até 150,00m²(cento
e cinqüenta metros quadrados), destinadas exclusivamente a uso residencial;
II - com área total construída de até 150,00m² (cento
e cinqüenta metros quadrados), destinadas a uso residencial misto nos termos
da Legislação de Uso e Ocupação do Solo, desde que
o outro uso seja permitido na zona, salvo se com uso industrial ou com depósito
ou comércio de produtos perigosos;
III - destinadas exclusivamente ao uso residencial, não enquadrado nas
categorias R1, R2 e R3, classificadas como uso R, conforme Resolução
SEMPLA/CZ/114/85, com área total construída de, no máximo,
300,00m² (trezentos metros quadrados), com 2 (duas) ou mais unidades habitacionais,
não situadas nas zonas Z1, Z14, Z15, Z16 e corredores de uso especiais
lindeiros a Z1, desde que cada unidade não exceda a 150,00m² (cento
e cinqüenta metros quadrados) de área construída e o conjunto
de unidades não possua condições legais de desdobro.
§ 1º. Aplicam-se as disposições deste artigo a fatos
geradores ocorridos até 13 de setembro de 2002.
§ 2º. Os processos de regularização que não forem
deferidos nos termos da Lei nº 13.558, de 2003, e deste decreto, serão
encaminhados à Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico
para apuração e lançamento dos impostos devidos.
§ 3º. Os casos de edificações cuja regularização
venha a ser anulada, nos termos do § 2º do artigo 15 deste decreto,
serão informados à Secretaria de Finanças e Desenvolvimento
Econômico para apuração e lançamento dos impostos
devidos.
§ 4º. Não se aplica o disposto no "caput" deste artigo
aos créditos tributários já constituídos por meio
de Auto de Infração e Intimação, hipótese
na qual a regularização somente será possível com
a extinção dos referidos créditos.
§ 5º. Relativamente ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
- ISS de que trata o "caput" deste artigo, não serão
restituídos valores pagos anteriormente a 15 de abril de 2003 .
§ 6º. Será cobrado o Imposto Sobre Serviços de Qualquer
Natureza - ISS, relativo às obras necessárias à adequação
do imóvel, exigidas pela Municipalidade nos termos do § 3º
do artigo 1º deste decreto, quando a referida adequação resultar
em aumento de área.
Art. 24. A expedição do Auto de Regularização independe
do Certificado de Quitação do Imposto Sobre Serviços de
Qualquer Natureza - ISS para as áreas em regularização,
nos seguintes casos:
I - aqueles previstos nos incisos I, II e III do "caput" do artigo
23;
II - quando o recolhimento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
- ISS devido for confirmado, por meio do sistema, pelo Departamento de Rendas
Mobiliárias - RM da Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico
- SF.
Parágrafo único. Nos demais casos, o despacho de deferimento do
pedido de regularização dependerá da constatação,
por meio do sistema informatizado, da quitação do Imposto Sobre
Serviços de Qualquer Natureza - ISS, cujo procedimento será definido
por portaria conjunta da Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico,
Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano - SEHAB e Secretaria
Municipal das Subprefeituras - SMSP.
Art. 25. Após despacho referente à regularização
dos imóveis, nos termos deste decreto, todos os processos deverão
ser encaminhados à Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico
e, na seqüência, diretamente para o arquivo geral.
CAPITULO VII
DOS PROCESSOS DE REGULARIZAÇÃO EM ANDAMENTO
Art. 26. Os processos de regularização de edificação
em andamento na Prefeitura até 15 de abril de 2003 poderão ser
analisados segundo as disposições da Lei nº 13.558, de 2003,
e deste decreto, desde que o interessado manifeste expressamente, por escrito,
a sua vontade nesse sentido, observadas as seguintes condições:
I - com recolhimento dos preços de expediente e das taxas previstas pela
Lei nº 13.558, de 2003, hipótese em que será apreciado como
processo novo, na forma prevista no artigo 32 deste decreto;
II - sem novo recolhimento dos preços de expediente ou das taxas de regularização,
hipótese em que será mantida a instância alcançada,
sendo os recursos subseqüentes apreciados constante as instâncias
recursais previstas pela legislação aplicável à
época do protocolamento do pedido inicial.
Parágrafo único. Caso seja apurada diferença de área
em relação à declarada no processo anterior, deverão
ser recolhidos os valores correspondentes à área acrescida, conforme
previsto na Lei nº 13.558, de 2003, e neste decreto, vedada a restituição
de quaisquer valores pagos.
CAPÍTULO VIII
DAS EDIFICAÇÕES EM LOTEAMENTOS IRREGULARES
Art. 27. As edificações em lotes pertencentes a loteamentos implantados
irregularmente até 30 de abril de 2000 e com processo em andamento no
Departamento de Regularização de Parcelamento do Solo - RESOLO
da Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano - SEHAB poderão
ser regularizadas se obedecidos os critérios e prazos estabelecidos no
artigo 31 deste decreto e após a emissão de Auto de Regularização
do Loteamento, observado o disposto na legislação federal, estadual
e municipalpertinente, em especial a Lei nº 11.775, de 29 de maio de 1995,
com as alterações introduzidas pela Lei nº 13.428, de 10
de setembro de 2002.
§ 1º. Os procedimentos referentes aos processos de regularização
de edificações mencionadas no "caput" deste artigo serão
definidos pelo Departamento de Regularização de Parcelamento do
Solo - RESOLO, pelo Departamento de Aprovação - APROV, pelo Departamento
de Cadastro Setorial - CASE e pela Secretaria Municipal das Subprefeituras -
SMSP.
§ 2º. Na hipótese de lote assim caracterizado no registro junto
ao Cartório de Registro de Imóveis, mesmo pertencente a loteamento
sem Auto de Regularização, o processo de regularização
seguirá sua tramitação normal.
CAPÍTULO IX
DAS MULTAS
Art. 28. A expedição do Auto de Regularização independe
da quitação de multas que serão cobradas pela Prefeitura
em procedimentos próprios.
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto no "caput"
deste artigo as multas moratórias e de ofício de natureza tributária,
que serão cobradas nos termos da legislação em vigor.
Art. 29. Ficam canceladas as multas incidentes sobre as edificações
de que trata o artigo 15 deste decreto, decorrentes da aplicação
da legislação edilícia e de uso e ocupação
do solo, aplicadas até 15 de abril de 2003, vedada a restituição
dos valores pagos a esse título.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se inclusive aos
casos sob apreciação judicial, desde que o interessado manifeste
expressamente sua desistência no processo, pagando as custas e os honorários.
Art. 30. Enquanto os processos estiverem em andamento, as edificações
em regularização não serão passíveis de sanção
em decorrência de infrações regularizáveis nos termos
ora fixados ou por falta do Auto de Licença de Localização
e Funcionamento ou de Alvará de Funcionamento.
§ 1º. Ficam excluídas das disposições deste artigo
as seguintes situações constatadas pela fiscalização:
I - as edificações não atendam às condições
mínimas de estabilidade e salubridade;
II - o exercício de atividade que não atenda aos níveis
de ruídos permitidos, à poluição ambiental e aos
horários de funcionamento, conforme a legislação pertinente;
III - o exercício de atividade, qualquer que seja, que esteja causando
transtorno ou incômodo aos vizinhos e à população
em geral;
IV - o uso não conforme na zona de uso.
§ 2º. Para as edificações que necessitem de Alvará
de Funcionamento de Local de Reunião - AFLR ou de Auto de Verificação
de Segurança - AVS serão aplicadas as disposições
previstas no artigo 11 deste decreto.
CAPÍTULO X
DO RITO PROCESSUAL
Art. 31. O prazo para protocolamento do pedido, acompanhado dos documentos exigidos
e recolhimento dos valores correspondentes, necessários à regularização
nos termos da Lei nº 13.558, de 2003, será de 90 (noventa) dias,
a contar da data da publicação deste decreto, prorrogáveis
por até 60 (sessenta) dias, a critério do Executivo.
Parágrafo único. Nos casos previstos no artigo 27 deste decreto,
o prazo para protocolamento será de 180 (cento e oitenta) dias, a contar
da data da publicação deste decreto, prorrogáveis por até
180 (cento e oitenta) dias, a critério do Executivo.
Art. 32. Os processos de que tratam a Lei nº 13.558, de 2003, e este decreto,
serão considerados especiais, nos termos do inciso I do artigo 6º
da Lei nº 8.777, de 14 de setembro de 1978, com rito definido pela Lei
nº 11.228, de 26 de junho de 1992, no que não for conflitante com
o ora estabelecido.
§ 1º. As instâncias administrativas adotadas, de acordo com
as competências da Secretaria da Habitação e Desenvolvimento
Urbano e das Subprefeituras, para apreciação dos pedidos de que
tratam a Lei nº 13.558, de 2003, e este decreto, são as seguintes:
I - Supervisor ou Diretor de Divisão;
II - Coordenador de Planejamento e Desenvolvimento Urbano ou Diretor de Departamento;
III - Subprefeito ou Secretário;
IV - Prefeito.
§ 2°. Do despacho decisório caberá recurso dirigido à
autoridade imediatamente superior àquela que proferiu a decisão.
§ 3º. O prazo pararecurso, nos casos de indeferimento de pedido de
regularização, será de 60 (sessenta) dias, a contar da
publicação do despacho no Diário Oficial do Município
- DOM.
§ 4º. O teor do despacho deverá ser notificado ao interessado
por via postal com aviso de recebimento, ou por via eletrônica, caso o
endereço eletrônico seja informado no protocolo do pedido.
Art. 33. Somente serão admitidas correções em plantas e
complementação de informações consideradas imprescindíveis
para a análise técnica do projeto pelo setor competente.
§ 1º. O prazo para atendimento do comunicado será de 60 (sessenta)
dias, a contar da publicação do despacho no Diário Oficial
do Município - DOM.
§ 2º. Será admitida a concessão de um único prazo
para atendimento do comunicado, observado o disposto no § 1° do artigo
11 deste decreto, referente à entrega da documentação que
comprova as condições de segurança de uso das edificações.
§ 3º. O teor do comunicado deverá ser notificado ao interessado
por via postal com aviso de recebimento, ou por via eletrônica, caso o
endereço eletrônico seja informado no protocolo do pedido.
Art. 34. Atendidas as disposições da Lei nº 13.558, de 2003,
e deste decreto, será emitido o Auto de Regularização da
Edificação e vistados os dois jogos de plantas.
Parágrafo único. Caso seja apurada diferença de área
em relação à metragem de área construída
apresentada no protocolamento do processo e aquela a ser regularizada, a taxa
específica para regularização, constante da alínea
"b" do inciso III do "caput" do artigo 13 deste decreto,
será cobrada antes de proferido o despacho de deferimento do pedido.
CAPITULO XI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 35. A regularização da edificação não
exime o responsável do atendimento às normas legais relativas
aos níveis de ruídos permitidos, à poluição
ambiental e à obediência aos horários de funcionamento,
conforme a legislação pertinente.
Art. 36. A Prefeitura, por intermédio da Secretaria da Habitação
e Desenvolvimento Urbano - SEHAB e das Subprefeituras, responsáveis pela
análise dos processos de regularização, bem como do setor
de fiscalização das Subprefeituras, poderá, a qualquer
tempo, mesmo após efetuada a regularização, verificar a
veracidade das informações e as condições de estabilidade,
higiene, salubridade, permeabilidade, acessibilidade, segurança de uso
das edificações e respeito ao direito de vizinhança.
Parágrafo único. Constatada, a qualquer tempo, divergência
nas informações ou discrepâncias nos valores recolhidos,
o interessado será notificado a saná-las ou a prestar esclarecimentos,
no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ser tornada nula a regularização
da edificação e aplicadas as sanções legais cabíveis.
Art. 37. Fica atribuída a análise e decisão dos processos
de que tratam a Lei nº 13.558, de 2003, e este decreto:
I - à Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano
- SEHAB, as edificações:
a) que estejam localizadas em zonas especiais de interesse social - ZEIS, independentemente
da área construída e da destinação;
b) que apresentem área construída total superior a 500,00m2 (quinhentos
metros quadrados);
II - às Subprefeituras, as edificações:
a) que não se localizem em ZEIS;
b) que apresentem área construída igual ou inferior a 500,00m²
(quinhentos metros quadrados);
c) que abriguem os usos enquadrados nas categorias de uso R1, R2-01, R2-03 e
R.
Parágrafo único. Os processos relativos às edificações
com área construída total igual ou inferior a 750,00m² (setecentos
e cinqüenta metros quadrados) que não estejam localizadas em ZEIS
e que não forem objeto de outorga onerosa serão analisados pelas
Subprefeituras.
Art. 38. A regularização de que cuida a Lei nº 13.558, de
2003, não implica no reconhecimento, pela Prefeitura, da propriedade,
das dimensões e da regularidade do lote e nem exime os proprietários
de glebas parceladas ou os respectivos responsáveis das obrigações
e responsabilidades decorrentes da aplicação da Legislação
de Parcelamento do Solo.
Parágrafo único. Excetuam-se das disposições deste
artigo, as edificações que abriguem as categorias de uso R1, R2-01
e R2-03, em que o deferimento do pedido implicará o reconhecimento do
desdobro do lote perante a legislação municipal, desde que observadas
as dimensões e áreas mínimas definidas para estas categorias
nas diferentes zonas de uso, devendo constar do respectivo Auto a seguinte ressalva:
"Este Auto reconhece o desdobro do(s) lote(s) perante a Legislação
de Parcelamento do Solo."
Art. 39. As Secretarias Municipais envolvidas na aplicação deste
decreto, no exercício de suas atribuições e com a necessária
observância aos prazos previstos na Lei nº 13.558, de 2003, e neste
decreto, definirão os procedimentos administrativos a serem adotados
para seu integral cumprimento, mediante Portaria Intersecretarial, a ser editada
no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da publicação deste
decreto.
Art. 40. A Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano -
SEHAB e as Subprefeituras deverão estimar o número de técnicos
necessários ao cumprimento da Lei nº 13.558, de 2003, solicitando
às demais Pastas a transferência provisória de funcionários,
observado o disposto no artigo 27 da referida lei.
Parágrafo único. Caso o número de profissionais transferidos
não atinja aquele estimado, a SEHAB e as Subprefeituras deverão
providenciar as contratações dos profissionais faltantes para
desempenharem as funções necessárias, pelo mesmo período
fixado no artigo 27 da Lei nº 13.558, de 2003, atendidas as disposições
previstas na legislação pertinente.
Art. 41. As despesas com a execução deste decreto correrão
por conta das dotações orçamentárias próprias,
suplementadas se necessário.
Art. 42. Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO
DE SÃO PAULO,
aos 25 de junho de 2003, 450º da fundação de São Paulo.
MARTA SUPLICY, PREFEITA
LUIZ TARCISIO TEIXEIRA FERREIRA,
Secretário dos Negócios Jurídicos
LUÍS CARLOS FERNANDES AFONSO,
Secretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico
ANTONIO DONATO MADORMO,
Secretário Municipal das Subprefeituras
LUIZ PAULO TEIXEIRA FERREIRA,
Secretário da Habitação e Desenvolvimento Urbano
JORGE WILHEIM,
Secretário Municipal de Planejamento Urbano
Publicado na Secretaria do Governo
Municipal, em 25 de junho de 2003.
RUI GOETHE DA COSTA FALCÃO, Secretário do Governo Municipal