ICMS
PARCELAMENTO ESPECIAL DE DÉBITOS FISCAIS - OPERAÇÕES OU PRESTAÇÕES REALIZADAS ATÉ 31.12.99

RESUMO: Os débitos fiscais decorrentes de operações ou prestações realizadas até 31 de dezembro de 1999 relacionados com o ICMS/ICM, inscritos e não inscritos na dívida ativa, poderão ser liquidados em até 120 (cento e vinte) parcelas mensais e sucessivas, desde que o pedido seja protocolizado até 30 de setembro de 2000.

DECRETO Nº 44.971, de 19.06.00
(DOE de 20.06.00)

Disciplina a concessão de parcelamento especial de débitos fiscais relacionados com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços - ICMS - e do Imposto de Circulação de Mercadorias - ICM.

MÁRIO COVAS, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais e considerando o que dispõem o artigo 100 da Lei nº 6.374, de 1º de março de 1989, e o Convênio ICMS-31, de 26 de abril de 2000,

Decreta:

Art. 1º - Os débitos fiscais decorrentes de operações ou prestações realizadas até 31 de dezembro de 1999 relacionados com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços - ICMS e o Imposto de Circulação de Mercadorias - ICM, inscritos e não inscritos na dívida ativa, poderão ser liquidados em até 120 (cento e vinte) parcelas mensais e sucessivas, desde que o pedido seja protocolizado até 30 de setembro de 2000 (Convênio ICMS-31/00).

§ 1º - Considera-se débito fiscal a soma do imposto, das multas, da correção monetária, dos juros de mora e dos demais acréscimos legais.

§ 2º - O parcelamento será concedido uma única vez abrangendo todos os débitos relativos a fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 1999 que o contribuinte deseja parcelar, devendo os requerimentos serem distintos para débitos inscritos, não inscritos ou que sejam decorrentes de importação do exterior, não sendo necessária a protocolização dos respectivos requerimentos na mesma data.

§ 3º - Não poderá ser concedido o parcelamento previsto no "caput" a débito fiscal decorrente de:

1 - desembaraço de mercadoria importada do exterior, quando destinada à comercialização ou à industrialização;

2 - sujeição passiva por substituição, em relação ao imposto retido.

§ 4º - O pedido de parcelamento implica confissão irretratável do débito fiscal e expressa renúncia a qualquer defesa ou recurso, bem como desistência dos já interpostos.

§ 5º - Acarretará a resolução do acordo, além do inadimplemento das demais condições estabelecidas neste artigo, a falta de recolhimento, no prazo fixado, de qualquer das parcelas subseqüentes à primeira, admitindo-se o recolhimento de até 3 (três) parcelas subseqüentes à primeira, com atraso não superior a 30 (trinta) dias, desde que ao valor das parcelas em atraso seja acrescido o montante correspondente a 2 (duas) vezes a taxa de acréscimo financeiro aplicável.

§ 6º - Poderá a Secretaria da Fazenda, inclusive no curso do parcelamento, exigir que o acordo fique condicionado ao regular recolhimento do imposto apurado em cada mês.

§ 7º - O disposto neste artigo não se aplica a parcelamento em curso na data de 26 de abril de 2000.

Art. 2º - Tratando-se de débito fiscal inscrito e ajuizado:

I - o benefício previsto no artigo anterior não dispensa o contribuinte do pagamento de custas e verba honorária;

II - a suspensão da execução fiscal em curso durante o período do parcelamento está condicionada à realização de suficiente garantia;

III - na hipótese de aproveitamento de depósito administrativo ou judicial, o valor levantado será aproveitado para liquidação das parcelas finais, da última para a primeira.

§ 1º - O pedido de parcelamento deverá ser instruído com:

1 - termo de acordo assinado pelos representantes legais do contribuinte, com poderes para tanto, devidamente comprovados com documentos arquivados na Jucesp;

2 - relação de bens imóveis e do ativo imobilizado da empresa;

3 - prova de eventuais recolhimentos parciais;

4 - declaração de inexistência de questionamento jurídico correlato ou de desistência homologada dos pendentes.

§ 2º - Caso o pedido de parcelamentoinclua dívida ainda não ajuizada, a apreciação do pedido ficará vinculada ao imediato ajuizamento da execução fiscal correspondente.

§ 3º - Será considerado celebrado o acordo com o deferimento do pedido e o pagamento da primeira parcela.

§ 4º - Caberá à Procuradoria-Geral do Estado disciplinar o procedimento necessário em relação aos débitos inscritos e ajuizados.

Art. 3º - Os parcelamentos em curso na data de 26 de abril de 2000 e os rompidos após essa data e até a data da publicação do decreto, decorrentes de débitos relativos a operações ou prestações realizadas até 31 de dezembro de 1999 relacionados com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços - ICMS e com o Imposto de Circulação de Mercadorias - ICM, poderão ter a quantidade de parcelas vincendas ampliadas em 20% (vinte por cento), arredondada para o inteiro mais próximo, desde que o pedido seja protocolizado até a data de 30 de setembro de 2000 (Convênio ICMS-31/00, cláusula segunda, § 2º).

Parágrafo único - Em relação aos débitos rompidos a que se refere este artigo, tendo havido mudança de fase, serão reparcelados na conformidade da sua nova situação.

Art. 4º - Consolidados os débitos dos parcelamentos referidos neste decreto, sobre o valor de cada parcela incidirá acréscimo financeiro, fixado por ato do Secretário da Fazenda, com base na Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP -, ou semelhante, vigente na data da publicação deste decreto.

Parágrafo único - A taxa adotada poderá ser modificada periodicamente, mantendo-se a base da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP -, ou semelhante, vigente no final de cada período.

Art. 5º - Aplica-se aos parcelamentos regulados por este decreto, no que não contrariar as normas por ele estabelecidas, o disposto nos artigos 635 a 649 do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS, aprovado pelo Decreto nº 33.118, de 14 de março de 1991.

Art. 6º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 17 de julho de 2000.

Palácio dos Bandeirantes, 19 de junho de 2000.

Mário Covas

Yoshiaki Nakano
Secretário da Fazenda

Antonio Angarita
Secretário do Governo e Gestão Estratégica

Publicado na Secretaria de Estado do Governo e Gestão Estratégica, aos 19 de junho de 2000.

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