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10/04/2024 - Dólar sobe com dados de inflação nos EUA e no Brasil

No Brasil, a inflação veio muito abaixo das expectativas. Já nos EUA, a inflação veio acima do aguardado pelos especialistas. Como consequência, o Ibovespa está em queda de 0,61% e o dólar, em alta de 1,16%, para mais de R$ 5,066 às 10h50.

Inflação no Brasil

A inflação por aqui veio muito abaixo do esperado. A mediana das projeções era de uma alta de 0,25% no mês. No acumulado em 12 meses, a inflação recuou de 4.50% para 3.93% ao ano.

Entre as surpresas, está uma inflação mais fraca do esperado na gasolina e na energia elétrica, diz Rafael Costa, analista da BGC Liquidez. Além disso, o automóvel novo e novo tiveram queda no preço - o especialista esperava alta. O grupo de transportes teve a maior baixa entre os grupos, um recuo de 33% em março.

Já entre os pontos negativos, está a inflação de serviços, que voltou a subir. "Isso pode voltar a pressionar a inflação, algo que o Banco Central vem batendo na tecla", diz Andre Fernandes, head de 
renda variável e sócio da A7 Capital.

Como fica a expectativa para a Selic

Apesar do número abaixo do esperado, a projeção do mercado não mudou. "Não achamos que o número de hoje mudou muito nossa visão acerca do comportamento da inflação nesse ano", diz Costa. "A projeção de abril especificamente pode aumentar pois devemos incorporar um rebote de alta nos preços industriais e uma inflação mais forte de alimentação."

A inflação de março não deve mudar a estratégia do Banco Central com a Selic. A alta da inflação de serviços pode impactar no ritmo de cortes da Selic ao longo do ano, e até alterar a expectativa de um corte de 0,50% em junho para 0,25%, diz Fernandes. Para maio já é consenso um corte de 0,50% conforme comunicado do Copom, afirma.

Inflação nos EUA

Já a CPI, a inflação de preços ao consumidor nos EUA, foi de 0,4% em março, mesma taxa de fevereiro. O dado veio acima do esperado, de 0,3%.

"O principal indicador de inflação nos EUA seguiu mostrando que a inflação não está cedendo como o esperado pelo mercado e o banco central americano", diz William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue. Excluindo alimentos e energia, o índice foi de 0,4%, o que comprova que os prços não estão cedendo, apesar da pressão do Fed, o banco central americano.

Como a inflação continua subindo, isso deve afetar os juros americanos. O mercado já começou a prever que o Fed só deve começar a cortar os juros em setembro. Surgiram ainda algumas apostas de aumento de juros para próximas reuniões, diz Alvez. "Nos parece prematuro apostar em aumentos de juros, mas é um fato que o dado de hoje reduz consideravelmente a possibilidade de cortes de juros já em junho, dado que toda a comunicação do Fed tem defendido a importância de se observar os dados e ver uma evolução favorável nesses para mudanças na política monetária. O dado de hoje definitivamente não mostra essa evolução positiva", diz ele.

Se os juros nos EUA estão pagando bem, os investidores levam seu dinheiro para lá. Nos Estados Unidos, os juros estão entre 5,25% e 5,5%. "Os juros americanos são a aplicação mais segura do mundo. Mesmo menores que os brasileiros, os investidores preferem ir para lá", diz Claudia Moreno, economista do C6 Bank.

Quando entra mais dinheiro no país, a moeda local se valoriza. Por isso o dólar está ganhando força frente a quase todas as moedas do mundo. Como investidores estrangeiros estão deixando o Brasil, o real também se desvaloriza. "Todas as oportunidades de investimentos no Brasil ficam menos atrativas, da renda fixa e até da Bolsa", diz Phil Soares, chefe de análise de ações da Órama.

 

FONTE: UOL

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