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21/03/2024 - Bolsa passa a cair e dólar sobe com mercado dividido entre Copom e Fed

Apesar de ter começado o dia em tom positivo, o mercado brasileiro virou no fim da manhã desta quinta-feira (21). A Bolsa, que abriu em alta, firmou queda moderada, e o dólar passou a oscilar positivamente na casa dos R$ 4,98 Mais cedo, a moeda chegou a ser negociada a R$ 4,950 na mínima do dia.

Como pano de fundo, o mercado está divide entre as últimas decisões sobre juros nos Estados Unidos e no Brasil.

Na quarta (20), o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) seguiu o esperado e manteve a taxa de juros americana inalterada na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano, mas indicou que deve realizar pelo menos três cortes de juros ainda neste ano.

A reação do mercado foi positiva: após o anúncio da decisão, as Bolsas globais aceleraram alta, e o dólar caiu mais de 1% ante o real. A avaliação foi de que, mesmo com indicadores recentes mostrando força da inflação e da economia americana, o plano de redução de juros do Fed não deve ser alterado.

Já no Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu reduzir a taxa básica de juros em mais 0,50 ponto percentual, após o fechamento do mercado, passando a Selic de 11,25% para 10,75% ao ano.

O colegiado, no entanto, alterou o trecho do comunicado que sinaliza seus próximos passos. Agora, o Copom prevê outra redução de 0,50 ponto apenas na próxima reunião, abandonando o plural dos comunicados anteriores, que sinalizavam cortes da mesma magnitude "nas próximas reuniões".

Com a alteração, o comitê ganha mais liberdade para mudar o ritmo do afrouxamento monetário neste ano, abrindo caminho para possíveis cortes menores a partir de junho. O tom mais duro limitou o otimismo do mercado local.

Nesse cenário, o Ibovespa caía 0,57%, aos 128.381 pontos às 11h27. No mesmo horário, o dólar subia 0,16%, cotado a R$ 4,982.

"O fato de citarem que esperam mais um corte de juros na 'próxima reunião' no singular, não no plural, deixa um clima de incerteza do que pode acontecer nas próximas reuniões. Mas pode ser apenas uma forma de comunicar para que o governo mantenha os objetivos fiscais, e há espaço para cortes de mesma magnitude", afirma Vinicius Moura, economista e sócio da Matriz Capital.

Já Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed, diz ter considerado o comunicado "hawkish", ou seja, mais duro e voltado para aperto monetário.

"O comitê cita as preocupações com relação ao cenário externo e obviamente a influência que isso pode trazer aqui para dentro. Cita as preocupações com relação às dificuldades, às incertezas locais, e ainda retira o plural. Mas o Banco Central foi bem nesse comunicado. Essa é a linha que deve ser seguida", diz Jorge.

Na quarta, a Bolsa brasileira teve forte alta e voltou ao patamar dos 129 mil pontos nesta quarta-feira (20), enquanto o dólar caiu a R$ 4,97, após a decisão do Fed de manter inalteradas as taxas de juros nos Estados Unidos.

O banco também sinalizou que a maioria das autoridades projeta que as taxas de juros americanas devem terminar o ano entre 4,5% e 4,75%, indicando que há confiança numa redução dos custos de empréstimo em breve.

A decisão veio em linha com o esperado pelo mercado: segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group, analistas viam 99% de chance de manutenção nos juros americanos na reunião do Fomc (comitê de política monetária dos EUA) desta quarta.

Com isso, o Ibovespa subiu 1,13%, aos 129.124 pontos, e o dólar caiu 1,09%, fechando o dia cotado a R$ 4,973.

FONTE: UOL

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