22/10/2018 - Dólar cai pelo 2º dia seguido e fecha a R$ 3,687, de olho nas eleições
O dólar comercial fechou esta segunda-feira (22) em queda de 0,74%, cotado a R$ 3,687 na venda, na segunda baixa consecutiva. Com isso, a moeda norte-americana volta a fechar abaixo de R$ 3,70, como chegou a acontecer na semana passada. Na sexta-feira (19), o dólar caiu 0,28%, a R$ 3,715 na venda. O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior. Investidores continuam acompanhando o cenário eleitoral brasileiro. Pesquisa de intenção de votos CNT/MDAdivulgada nesta segunda mostrou que o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) tem 57% dos votos válidos, contra 43% do petista Fernando Haddad. Líder nas pesquisas, Bolsonaro sinalizou que um eventual governo seu buscará a independência do Banco Central, e já negocia com o chamado "centrão" –grupo formado por DEM, PP, PR, Solidariedade, PRB, PSC e PTB– a formação de uma base parlamentar capaz de aprovar reformas constitucionais. As duas informações são positivas, na avaliação do mercado. O mercado também considera que Bolsonaro faria um governo mais comprometido com reformas econômicas e com o controle de gastos, devido, principalmente, ao perfil liberal de seu principal assessor econômico, Paulo Guedes. Resultados de pesquisas, notícias sobre candidatos e boatos deixam o mercado financeiro agitado, favorecendo a especulação na Bolsa de Valores e no câmbio. O Banco Central vendeu nesta sessão 7.700 contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 5,775 bilhões do total de US$ 8,027 bilhões que vence em novembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral. No exterior, mercados emergentes tinham resultado positivo após a China anunciar que fará cortes de impostos para estimular a economia. Além disso, houve alívio no mercado em relação à Itália, após a agência de classificação Moody's rebaixar a nota de crédito do país, mas manter a sua perspectiva estável.Eleições no Brasil
Atuação do BC
Alívio no exterior
FONTE:
UOL