No ano passado, a inflação oficial no Brasil foi de 6,29%, dentro do limite máximo da meta. O objetivo era manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas com tolerância de dois pontos para mais ou para menos, ou seja, podendo variar entre 2,5% e 6,5%.
Tomate subiu 30,79%
A alta dos preços foi puxada sobretudo pelos alimentos, que subiram 0,31% e têm grande peso no índice. Os destaques foram o tomate (+30,79%), a batata inglesa (+11,63%), os ovos (5,5%) e o leite (1,49%).
Os gastos com saúde e cuidados pessoais também ficaram entre as maiores altas (+0,91%).
Combustível mais barato
Por outro lado, os gastos com transporte baratearam, principalmente por causa da queda de 2,77% no preço dos combustíveis. O litro da gasolina caiu 2,24% e, o do etanol, 5,48%.
Ainda no item transportes, porém, as passagens aéreas encareceram 15,32%.
Juros X Inflação
Na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), o órgão decidiu cortar a taxa de juros pela quinta vez seguida. Ela passou de 12,25% para 11,25% ao ano, menor nível desde outubro de 2014.
Os juros são usados pelo Banco Central para tentar controlar a inflação. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a caírem. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo.
Metodologia
O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, considerada a inflação oficial; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
(Com Reuters)