Últimas Notícias.
Seu portal de informações empresariais

Atenção: Ressaltamos que as notícias divulgadas neste site provem de informações oriundas de diversas fontes, não ficando a INFORMARE responsável pelo conteúdo das mesmas.

07/10/2015 - Franquias encolhem de tamanho e ficam mais baratas para crescer na crise

Para crescer mesmo na crise econômica, franquias têm lançado modelos enxutos, como delivery, food truck, lojas em contêiner e home-based (para trabalhar em casa), com investimento inicial menor. A tendência foi destaque da Expo Franchising ABF-Rio, feira de franquias realizada pela Associação Brasileira de Franchising no Rio de Janeiro entre os dias 1 e 3 de outubro.

O restaurante japonês Let's Sushi, por exemplo, oferece um modelo de negócio de entrega de comida que não exige espaço para cozinha ou mesas (a franqueadora entrega os produtos no local duas vezes por dia). O investimento inicial é a partir de R$ 69 mil (custos de instalação + taxa de franquia + capital de giro).

O formato representa uma redução de R$ 20 mil no investimento inicial em relação ao quiosque da marca, unidade mais barata até então (a partir de R$ 89 mil). A franquia ainda vende food truck, a partir de R$ 113 mil, e também o modelo delivery com cozinha e sem salão, que custa a partir R$ 169 mil. O restaurante convencional parte de R$ 229 mil.

"Com a crise, as pessoas estão comendo menos fora de casa, por isso, acreditamos no potencial do delivery. Para o franqueado, o custo é menor, e ele recupera o investimento mais rápido", afirma o sócio Martin Vidal.

A Igui Piscinas lançou há três meses o modelo de loja em contêiner, alternativo à loja física, com investimento inicial de R$ 20 mil (inclusos custos de instalação + taxa de franquia + capital de giro). Para uma loja padrão de venda de piscinas, o investimento é a partir de R$ 125 mil.

A rede já trabalhava com o formato home-based, o Igui Trata Bem, com foco em prestação de serviços de limpeza em piscinas. O investimento inicial a partir de R$ 10,9 mil.

Novos modelos permitem entrada em locais diferentes
No caso da rede de restaurantes Patroni Pizza, o modelo expresso (com espaço menor e cardápio reduzido) tem investimento inicial a partir de R$ 155 mil, ante os R$ 415 mil de uma unidade padrão. A ideia da marca é instalar unidades em locais diferentes dos shopping centers, que abrigam as 192 unidades em funcionamento.

"O modelo expresso pode ser inserido em locais que possuem ampla movimentação de pessoas, como ruas, estádios de futebol, estações de metrô, centros empresariais, casas de show e outras alternativas", afirma, Rubens Augusto Junior, presidente da rede.

Franqueado deve avaliar atração de clientes e rentabilidade
Segundo Ana Cristina Von Jess, diretora jurídica da ABF-Rio, as redes estão adaptando seus modelos de negócio para atrair investidores receosos com a crise econômica e mais exigentes quanto à inovação. "Ser mais do mesmo não está fazendo diferença, então, o pensamento dos franqueadores é diminuir custos e dar opções atraentes para os candidatos."

Ela diz que, ao reduzir o formato, com lojas menores que não exigem estoque ou com modelos móveis, em alta atualmente, as redes também precisam adequar os produtos oferecidos. No entanto, a mudança não pode prejudicar a atração de clientes.

"O desafio é criar um layout atraente com um mix de produtos que seja a base do negócio, afinal, toda marca tem seu carro-chefe. O franqueado tem que observar se o modelo enxuto vai lhe garantir penetração no mercado e a rentabilidade que ele espera", declara.

Ela diz, no entanto, que o faturamento tende a ser menor porque o negócio é mais compacto e, em geral, não vai atender ao mesmo volume de clientes do modelo padrão. "Porém, em regra, o percentual de lucratividade deve ser preservado porque os custos fixos são mais baixos", diz.

*(A jornalista viajou a convite da ABF)

FONTE: UOL

Voltar