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21/07/2014 - Bovespa tem leve alta e dólar cai ante real; cena externa está no foco

Em um dia de agenda fraca no Brasil, os mercados financeiros locais operam com baixa volatilidade. Os juros, por exemplo, têm um pregão de liquidez reduzida, à espera de dados mais determinantes apenas a partir de amanhã, com o IPCA-15. As oscilações são modestas e há busca por acomodação. A Bovespa opera entre altos e baixos e o dólar apresenta leve queda ante o real.

No exterior, o dia também é de poucos dados importantes, mas distúrbios geopolíticos seguem pressionando as principais bolsas internacionais. Abre-se espaço, por exemplo, para que as bolsas de Nova York recuem de recordes recentes, acompanhando o movimento que ocorre desde o início do dia na Europa.

Juros

Em um pregão de liquidez reduzida, os juros futuros apresentam oscilações modestas neste início de tarde na BM&F, em busca de um ponto de acomodação, após os movimentos expressivos da semana passada. Enquanto as taxas dos DIs mais curtos operam em ligeira alta, com as tesourarias refreando um pouco as apostas em queda da Selic ainda neste ano, as taxas longas recuam com os títulos do Tesouro americano e ainda ecos das pesquisas para a corrida presidencial. 

Segundo operadores, o mercado tende a trabalhar em marcha lenta, à espera do IPCA-15, que sai amanhã, e, sobretudo, da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que será conhecida na quinta-feira. Embora a atividade dê sinais reiterados de fraqueza e ganha corpo a perspectiva de que a economia brasileira amargue uma recessão técnica, as expectativas de inflação seguem elevadas, perto do teto da meta (6,5%).

Esse quadro, confirmado hoje pelo Boletim Focus, deixa os DIs até o contrato janeiro/2016 sem espaço para correr. 

Para Luiz Monteiro, gestor da Queluz Asset Management, a combinação de desaquecimento da economia com o comunicado do Banco Central (BC) sobre a decisão do juro abriu espaço no mercado de juros futuros para a especulações sobre redução da Selic neste ano.

"Ao deixar o ?neste momento' no comunicado, o BC mostrou que não está seguro sobre o patamar da Selic. Como os dados de atividade são muito ruins, o próximo passo seria uma redução dos juros", afirma Monteiro, ressaltando que cresce a aposta em arrefecimento da inflação de serviços nos próximos meses, com deterioração do mercado de trabalho. 

Entre os DIs ligados diretamente ao rumo da Selic neste ano e em 2015, o DI para janeiro/2015 marcava 10,75%, ante 10,72%. O DI janeiro/2016 passava de 10,94% para 10,96%.

Entre os vencimentos mais longos, segue a toada de redução dos prêmios de risco. O DI janeiro/2017 estava a 11,16% e o DI janeiro/2021 ia de 11,61% para 11,51%. 

Bolsa

O Ibovespa operou de com pequenas oscilações até as 13 horas, movido pelo resultado da pesquisa Sensus de intenção de voto para a Presidência e pelo vencimento de opções sobre ações. Às 13h28, o índice da Bolsa paulista subia 0,15%, para 57.097 pontos. Vale PNA cedia 0,14% e Petrobras PN tinha elevação de 0,05%.

Para operadores, conta positivamente a pesquisa de intenção de voto para presidente realizada pelo Sensus, que confirmou o resultado do Datafolha divulgado na sexta-feira passada e trouxe empate técnico em um eventual segundo turno com Dilma Rousseff e Aécio Neves.

A pesquisa traz notícia boa o suficiente para deixar o Ibovespa com comportamento melhor que o exterior mas, como confirma os dados do Datafolha, não provoca nova disparada do índice local.

Na comparação com a última pesquisa do Sensis, realizada no começo de junho, todos os candidatos perderam votos. Dilma Rousseff recuou de 32,2% para 31,6%, Aécio Neves de 21,5% para 21,1% e Eduardo Campos de 7,5% para 7,2%. A porcentagem de votos brancos, nulos ou que não respondeu aumentou de 28,8% para 34,4%. 

Além disso, no front local, os analistas de mercado cortaram suas estimativas para a expansão da economia brasileira neste ano pela oitava semana seguida e, assim, a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ficou abaixo de 1% pela primeira vez, conforme o Boletim Focus.

"Quanto pior a expectativa da economia para este ano, maior a chance de o mercado apostar na mudança política. E pesquisas são o motor para tudo isso", diz um operador. 

Nos Estados Unidos e Europa, as bolsas sofrem com tensões políticas, após a queda de um avião de passageiros na Ucrânia próximo da fronteira leste com a Rússia e com o conflito entre Israel e Gaza.

Câmbio

A queda livre nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, combinada com a baixa volatilidade, estimula investidores ávidos por diferencial de juros a aplicar em ativos brasileiros, o que ajuda a enfraquecer o dólar contra o real nesta segunda-feira. A baixa da cotação se dá a despeito da queda nas bolsas de valores globais, em reflexo ao clima de tensão em torno de questões geopolíticas.

Às 13h28, o dólar comercial caía 0,31%, a R$ 2,2211. O dólar para agosto recuava 0,31%, a R$ 2,2285.

No exterior, o dólar operava praticamente estável contra uma cesta de moedas e caía 0,18% ante a lira turca e 0,19% ante o rand sul-africano - moedas que, como o real, tendem a captar o ambiente de aversão a risco. O rendimento do título americano de dez anos, referência para o mercado global de renda fixa, cedia a 2,458%, ante 2,484% na sessão anterior.

"A questão do diferencial de juros continua muito forte. O mundo tem taxas muito baixas e, querendo ou não, o risco/retorno do Brasil é bom", diz um operador, referindo-se ao diferencial entre juros do Brasil e do mundo desenvolvido. A Selic está atualmente em 11%, enquanto nos EUA e na Europa as taxas encontram-se perto de zero.

Os mercados vão monitorar ao longo da semana dados de inflação nos EUA e, no Brasil, a ata da última reunião de política monetária do Copom. Investidores passaram a considerar um corte na taxa básica de juros brasileira, em meio à fraqueza na atividade econômica. A perspectiva de queda nos juros tende a pressionar o real pelo canal dos fluxos, o que esteve por trás da depreciação da moeda doméstica na semana passada.

Mercados Internacionais

Os distúrbios geopolíticos pressionam novamente as principais bolsas internacionais nesta segunda -feira, em um dia de poucos indicadores importantes. Em Nova York, as bolsas recuam após recordes recentes, acompanhando o movimento que ocorre desde o início do dia na Europa.

Os confrontos continuam em Gaza, onde militares israelenses realizam há duas semanas uma ofensiva contra militantes palestinos. O número de mortos já passou de 500, segundo o Ministério da Saúde palestino, entre eles muitos civis. Hoje, um hospital de Gaza foi atingido durante ataque aéreo israelense.

Além disso, continua a violência no leste da Ucrânia, onde separatistas pró-Rússia enfrentam as forças governamentais de Kiev. Em meio aos confrontos, investigadores internacionais chegaram ao local da queda do avião da Malaysia Airlines com a missão de retirar os 298 corpos e apurar quem a responsabilidade pelo ocorrido. Autoridades ucranianas e os Estados Unidos afirmam que um míssil disparado pelos separatistas derrubou o avião.

Por volta de 13h30, o Dow Jones declinava 0,45%, o Nasdaq cedia 0,41% e o S&P 500 perdia 0,42%.

Na Europa, a Bolsa de Londres fechou em queda de 0,30%, enquanto Frankfurt e Paris recuaram 1,08% e 0,71%, respectivamente. Além de acompanharem o quadro geopolítico, os agentes financeiros receberam o resultado do Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha, que ficou estável em junho, na comparação com maio, como previsto pelos analistas. Na Itália, as encomendas à indústria recuaram 2,1% no mês em maio. 

FONTE: G1

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