PCMSO - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL
Norma Regulamentadora - NR-7

Sumário

1. CONCEITO

O PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) é um programa regulamentado pela NR-07 (Norma Regulamentadora) e tem como objetivo por meio de Exames Ocupacionais a promoção e preservação da saúde dos trabalhadores através de medidas prevencionistas, diagnosticando precocemente os agravos à saúde relacionados ou não ao trabalho.

2. OBRIGATORIEDADE

A Norma Regulamentadora nº 7 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.

A mencionada norma estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na execução do PCMSO, podendo os mesmos serem ampliados mediante negociação coletiva de trabalho.

3. OBJETIVO

O PCMSO é um programa  que tem por objetivo a promoção e  a preservação da saúde dos trabalhadores,  bem como prevenção e diagnóstico precoce de doenças relacionadas às funções desempenhadas e ao ambiente de trabalho.

4. ABRANGÊNCIA DO PCMSO

O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais normas regulamentadoras.

O PCMSO deve:

a) considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho;

b) ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores;

c) ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais normas regulamentadoras.

5. PCMSO E PPRA

O objetivo do PPRA (Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais) é levantar os riscos existentes e propor mecanismos de controle.

Os riscos não eliminados são objetos de controle pelo PCMSO, então, sem o PPRA não existe PCMSO, devendo ambos estar permanentemente ativos.

Os riscos ambientais são os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores.

O PCMSO e o PPRA devem ser integrados, pois o PPRA trata dos agentes ambientais e o PCMSO dos trabalhadores expostos a estes agentes.

6. EMPRESA CONTRATANTE DE MÃO-DE-OBRA

Cabe à empresa contratante de mão-de-obra prestadora de serviços informar a empresa contratada dos riscos existentes e auxiliar na elaboração e implementação do PCMSO nos locais de trabalho em que os serviços estão sendo prestados.

7. RESPONSABILIDADES

7.1 - Empregador

Compete ao empregador:

a) garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia;

b) custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao PCMSO;

c) indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, da empresa, um coordenador responsável pela execução do PCMSO;

d) no caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo com a NR-4, deverá o empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para coordenar o PCMSO;

e) inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO.

7.1.1 - Desobrigação

Ficam desobrigadas de indicar médico coordenador as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo Quadro I da NR-4, com até 25 (vinte e cinco) empregados e aquelas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro I da NR-4, com até 10 (dez) empregados.

As empresas com mais de 25 (vinte e cinco) empregados e até 50 (cinquenta) empregados, enquadradas no grau de risco 1 ou 2, segundo o Quadro I da NR-4, poderão estar desobrigadas de indicar médico coordenador em decorrência de negociação coletiva.

As empresas com mais de 10 (dez) empregados e com até 20 (vinte) empregados, enquadrados no grau de risco 3 ou 4, segundo o Quadro I na NR-4, poderão estar desobrigadas de indicar médico do trabalho coordenador em decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde no trabalho.

Por determinação do Delegado Regional do Trabalho, com base no parecer técnico conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, ou em decorrência de negociação coletiva, as empresas elencadas neste subitem poderão ter a obrigatoriedade de indicação de médico coordenador, quando suas condições representarem potencial de risco grave aos trabalhadores.

7.2 - Médico Coordenador

A empresa necessitará contratar um médico para coordenar o programa dependendo de seu risco e do número de funcionários.

Compete ao médico coordenador:

a) realizar os exames médicos previstos neste trabalho, ou encarregar os mesmos a profissional médico familiarizado com os princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada trabalhador da empresa a ser examinado;

b) encarregar dos exames complementares previstos na NR-7, profissionais e/ou entidades devidamente capacitados, equipados e qualificados.

8. EXAMES MÉDICOS

8.1 - Obrigatórios

O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos:

a) admissional;

b) periódico;

c) de retorno ao trabalho;

d) de mudança de função;

e) demissional.

Os exames compreendem:

a) avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental;

b) exames complementares, conforme determinado pelo médico do trabalho de acordo com a atividade do empregado.

8.2 - Complementares

Poderá haver a necessidade da realização de exames complementares, dependendo dos riscos específicos referentes a cada atividade, como Hemograma completo ou RX de Tórax.

Outros exames complementares usados normalmente em patologia clínica para avaliar o funcionamento de órgãos e sistemas orgânicos podem ser realizados, a critério do médico coordenador ou encarregado, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou ainda decorrente de negociação coletiva de trabalho.

8.2.1 - Exposição a Agentes Químicos e Físicos

Para os trabalhadores cujas atividades envolvem os riscos discriminados nos Quadros I e II, os exames médicos complementares deverão ser executados e interpretados com base nos critérios constantes dos referidos quadros e seus anexos. A periodicidade de avaliação dos indicadores biológicos do Quadro I deverá ser, no mínimo, semestral, podendo ser reduzida a critério do médico coodernador, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou mediante negociação coletiva de trabalho.

Para os trabalhadores expostos a agentes químicos não constantes dos Quadros I e II, outros indicadores biológicos poderão ser monitorizados, dependendo de estudo prévio dos aspectos de validade toxicológica, analítica e de interpretação desses indicadores.

9. PERIODICIDADE DOS EXAMES

A avaliação clínica como parte integrante dos exames médicos deverá obedecer prazos e periodicidade, conforme veremos a seguir (Item 7.4.1 da NR-7).

9.1 - Exame Médico Admissional

O exame médico admissional deverá ser realizado antes que o trabalhador assuma suas atividades (Item 7.4.3.1 da NR-7).

9.2 - Exame Médico Periódico

O exame médico periódico deverá ser realizado de acordo com os intervalos mínimos de tempo abaixo discriminados (Item 7.4.3.2 da NR-7):

a) para trabalhadores expostos a riscos ou situações de trabalho que impliquem no desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, os exames deverão ser repetidos:

a.1) a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado de negociação coletiva de trabalho;

a.2) de acordo com a periodicidade especificada no Anexo 6 da NR-15, para os trabalhadores expostos a condições hiperbáricas;

b) para os demais trabalhadores:

b.1) anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 45 (quarenta e cinco) anos de idade;

b.2) a cada 2 (dois) anos, para os trabalhadores entre 18 (dezoito) anos e 45 (quarenta e cinco) anos de idade.

9.3 - Exame Médico de Retorno

O exame médico de retorno ao trabalho deverá ser realizado obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao trabalho de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto (Item 7.4.3.3 da NR-7).

9.4 - Exame Médico de Mudança de Função

O exame médico de mudança de função será obrigatoriamente realizado antes da data da mudança.

Entende-se por mudança de função toda e qualquer alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor que implique na exposição de trabalhador a risco diferente daquele a que estava exposto antes da mudança (Item 7.4.3.4 da NR-7).

9.5 - Exame Médico Demissional

O exame médico demissional será obrigatoriamente realizado até a data da homologação, desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de (Item 7.4.3.5 da NR-7):

a) 135 (cento e trinta e cinco) dias para as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro I da NR-4;

b) 90 (noventa) dias para as empresas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro I da NR-4.

10. VALIDADE DOS EXAMES

As empresas enquadradas no grau de risco 1 ou 2, segundo o Quadro I da NR-4, poderão ampliar o prazo de dispensa da realização do exame demissional em até mais 135 (cento e trinta e cinco) dias, em decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional indicado de comum acordo entre as partes ou por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde no trabalho.

As empresas enquadradas no grau de risco 3 ou 4, segundo o Quadro I da NR-4, poderão ampliar o prazo de dispensa da realização do exame demissional em até mais 90 (noventa) dias em decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional indicado de comum acordo entre as partes ou por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde do trabalho.

Por determinação do Delegado Regional do Trabalho, com base em parecer técnico conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, ou em decorrência de negociação coletiva, as empresas poderão ser obrigadas a realizar o exame médico demissional independentemente da época de realização de qualquer outro exame, quando suas condições representarem potencial de risco grave aos trabalhadores.

11. ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL - ASO

Para cada exame médico realizado, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em 2 (duas) vias:

a) a 1ª via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive frente de trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho;

b) a 2ª via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na 1ª via.

11.1 - Conteúdo

O ASO deverá conter, no mínimo:

a) nome completo do trabalhador, o número de registro de sua identidade e sua função;

b) os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na atividade do empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST;

c) indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, incluindo os exames complementares e a data em que foram realizados;

d) o nome do médico coordenador quando houver, com respectivo CRM;

e) definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai exercer, exerce ou exerceu;

f) nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato;

g) data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu número de inscrição no Conselho Regional de Medicina.

12. PRONTUÁRIO MÉDICO

Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames complementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registrados em prontuário clínico individual, que ficará sob a responsabilidade do médico coordenador do PCMSO.

Observação: Havendo substituição do médico responsável, os arquivos deverão ser transferidos para seu sucessor.

13. RELATÓRIO ANUAL

O PCMSO deverá obedecer a um planejamento em que estejam previstas as ações de saúde a serem executadas durante o ano, devendo estas ser objeto de relatório anual.

O relatório anual deverá discriminar, por setores da empresa, o número e a natureza dos exames médicos, incluindo avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas de resultados considerados anormais, assim como o planejamento para o próximo ano, tomando como base o modelo no Quadro III.

O relatório anual deverá ser apresentado e discutido na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR-5, sendo sua cópia anexada ao livro de atas daquela Comissão.

O relatório anual do PCMSO poderá ser armazenado na forma de arquivo informatizado, desde que este seja mantido de modo a proporcionar o imediato acesso por parte do agente da inspeção do trabalho.

14. EXPOSIÇÃO EXCESSIVA - AFASTAMENTO DO EMPREGADO

Sendo verificada, através da avaliação clínica do trabalhador e/ou dos exames constantes do Quadro I, apenas exposição excessiva (EE ou SC) ao risco, mesmo sem qualquer sintomatogia ou sinal clínico, deverá o trabalhador ser afastado do local de trabalho, ou do risco, até que esteja normalizado o indicador biológico de exposição e as medidas de controle nos ambientes de trabalho tenham sido adotadas.

15. DOENÇAS PROFISSIONAIS - PROCEDIMENTO MÉDICO

Sendo constatada a ocorrência ou agravamento de doenças profissionais, através de exames médicos que incluem os definidos na NR-7, ou sendo verificadas alterações que revelem qualquer tipo de disfunção de órgão ou sistema biológico, através dos exames constantes dos Quadros I (apenas aqueles com interpretação SC) e II, e complementares, mesmo sem sintomatologia, caberá ao médico coordenador ou encarregado:

a) solicitar à empresa a emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT;

b) indicar, quando necessário, o afastamento do trabalhador da exposição ao risco, ou do trabalho;

c) encaminhar o trabalhador à Previdência Social para estabelecimento de nexo casual, avaliação de incapacidade e definição da conduta previdenciária em relação ao trabalho;

d) orientar o empregador quanto à necessidade da adoção de medidas de controle no ambiente de trabalho.

16. PRIMEIROS-SOCORROS

Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação de primeiros-socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida, e manter esse material guardado em local adequado, e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim (Item 7.5 da NR-7).

17. QUADROS E ANEXOS

QUADRO I
PARÂMETROS PARA CONTROLE BIOLÓGICO DA EXPOSIÇÃO A ALGUNS AGENTES QUÍMICOS

Agente Químico

Indicador Biológico

VR

IBMP

Método
 Analítico

Amostragem

Interpretação

Vigência

Mat. Biológico

Análise

Anilina

Urina Sangue

paminofenol e/ou Metahemo-globina

Até 2%

50mg/g creat.
5%

CG
E

FJ
FJ-01

EE
SC,

-

Arsênio

Urina

Arsênio

Até 10mg/g creat.

50mg/g creat

E ou EAA

FS,T-6

EE

-

Cádmio

Urina

Cádmio

Até 2mg/g creat.

5mg/g creat.

EAA

NC T-6

SC

-

Chumbo Inorgânico

Sangue

Chumbo e

Até 40mg/100ml

60 mg/100ml

EAA

NCT-I

SC

-

Urina

Ác. Delta amino levulníco, ou

Até 4,5mg/g creat

10 mg/g creat

E

NCT-I

SC

-

Sangue

Zincoproto-porfirina

Até 40mg/100ml

100mg/100ml

Iif

Nct-i

sc

-

Chumbo Tetraetila

Urina

Chumbo

Até 50mg/g creat.

100mg/g creat

EAA

FJO-1

EE

-

Cromo Hexavalente

Urina

Cromo

Até 50mg/g creat

30mg/g creat.

EAA

FS

EE

-

Diclorometano

Sangue

Carboxiher-moglobina

Até 1% NF

3,5% NF

E

FJO-1

SC,

-

Dimetilformamida

Urina

N-metilforma-mida

 

40mg/g creat.

CG ou CLAD

FJ

EE

P-18

Dissulfeto de Carbono

Urina

Ác. 2-Tio Tiazolidina

 

5mg/g creat.

CG ou CLAD

Fj

Ee

P-24

Ésteres Organofos-forados e Carbamatos


Sangue

Acetil-colinesterase Eritrocitária ou Colinesterase Plasmática ou Çolinesterase Eritrocitária e plasmática (sangue total)




Determinar a atividade pré-ocupa-cional

30% de depressão da atividade inicial

 

NC

SC

-

50% de depressão da atividade inicial

-

NC

SC

-

25% de depressão da atividade inicial

-



-

NC

SC

-

Estireno

Urina

Ác. Mandélico e/ou

 

0,8g/g creat.

CG ou CLAD

FJ

EE

-

Urina

Ác. Fenil-glioxílico

 

24 mg/g creat.

CG ou CLAD

FJ

EE

-

Etil-benzeno

Urina

Ác. Mandélico

 

1,5g/g creat.

CG ou CLAD

FS

EE

-

Fenol

Urina

Fenol

20mg/g creat.

250mg/g creat

CG ou CLAD

FJO-1

EE

-

Flúor e fluoretos

Urina

Fluoreto

Até 0,5 mg/g creat.

3mg/g creat. No início da jornada e 10mg/g creat. No final da fornada

RS

PP,

EE

-

Mercúrio Inorgânico

Urina

Mercúrio

Até 5mg/g creat.

35mg/g creat.

EAA

PUT-12

EE

-

Metanol

Urina

Metanol

Até 5mg/l

15mg/l CG

CG

FJO-1

EE

-

Metil-etil-cetona

Urina

Metil-etil-cetona

-

2mg/l

CG

FJ

EE

P-12

Monóxido de Carbono

Sangue

Carboxihemoglobina

Até 1% NF

3,5% NF

E

FJO-1

SC,

-

N-hexano

Urina

2.5 hexanodioa

-

5mg/g creat.

CG

FJ

EE

P-18

Nitrobenzeno

Sangue

Netahemo-globina

Até 2%

5%

E

Fjo-1

Sc,

-

Pentaclorofenol

Urina

Pentacloro-fenol

-

2mg/g creat.

CG ou CLAD

ES,

EE

-

Tetracloroetileno

Urina

Ác. Tricloroa-cético

-

3,5mg/l

E

FS,

EE

-

Tolueno

Urina

Ác. Hipúrico

Até 1,5g/g creat.

2,5g/g creat

CG ou CLAD

FJO-1

EE

-

Tricloroetano

Urina

Tricloro-compostos totais

-

40mg/g creat

E

FS

EE

-

Tricloroetileno

Urina

Triclorocompostos totais

-

300mg/g creat.

E

FS

EE

-

Xileno

Urina

Ác. Metil-hipúrico

-

1,5g/g creat.

CG ou CLAD

FJ

EE

-

ANEXO DO QUADRO I

ABREVIATURAS

IBMP

índice Biológico Máximo Permitido é o valor máximo do indicador biológico para o qual se supõe que a maioria das pessoas acupacionalmente expostas não corre risco de dano à saúde. A ultrapassagem deste valor significa exposição excessiva.

VR

Valor de Referência da Normalidade; valor possível de ser encontrado em populações não expostas ocupacionalmente.

NF

Não fumantes

MÉTODO ANALÍTICO RECOMENDADO:

E

Espectrofotometria ultravioleta/visível

EAA

Espectrofotometria de absorção atômica.

CG

Cromatografia em fase gasosa

CLAD

Cromatografia líquida de alto desempenho.

IS

Eletrodo íon seletivo

HF

Hematofluorômico

CONDIÇÕES DE AMOSTRAGEM

FJ

Final do último dia de jornada de trabalho (recomenda-se evitar a primeira jornada da semana).

FS

Final do último dia da jornada da semana.

FS

Início da última jornada da semana

PP

Pré a pós a 4ª jornada de trabalho da semana

PU

Primeira urina da manhã

NC

Momento de amostragem "não crítico": pode ser feita em qualquer dia e horário+ desde que o trabalhador esteja em trabalho contínuo nas últimas 4 semanas sem afastamento maior que 4 dias.

T-1

Recomenda-se iniciar a monitorização após 1 mês de exposição.

T-6

Recomenda-se iniciar a monitorização após 6 meses de exposição

T-12

Recomenda-se iniciar a monitorização após 12 meses de exposição

O-1

Pode-se fazer a diferença entra pré e pós-jornada

INTERPRETAÇÃO

EE

O indicador biológico é capaz de indicar uma exposição ambiental acima do limite de Tolerância+ mas não possui+ isoladamente+ significado clínico ou toxicológico próprio+ ou seja+ não indica doença+ nem está associado a um efeito ou disfunção de qualquer sistema biológico.

SC

Além de mostrar uma exposição excessiva+ o Indicador Biológico tem também siginificado clínico ou toxicológico próprio+ ou seja+ pode indicar doença+ estar associado a um efeito ou uma disfunção do sistema biológico avaliado.

SC

O indicador Biológico possui significado clínico ou toxicológico próprio+ mas+ na prática+ devido à sua curta mea-vida biológica deve ser considerado como EE

VIGÊNCIA

P-12

A inspeção do trabalho passará a exigir a avaliação deste indicador biológico 12 meses após publicação desta norma.

P-18

A inspeção do trabalho passará a exigir a avaliação deste indicador biológico 18 meses após a publicação desta norma.

P-24

A inspeção do trabalho passará a exigir a avaliação deste indicador biológico 24 meses após a publicação desta norma.

RECOMENDAÇÃO

Recomenda-se executar a monitorização biológica no coletivo, ou seja, monitorizando os resultados de grupos de trabalhadores expostos a riscos quantitativamente semelhantes.

QUADRO II
(Alterado pela Portaria SIT nº 223, de 06 de maio de 2011)
PARÂMETROS PARA MONITORIZAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A ALGUNS RISCOS À SAÚDE

Risco

Exame Complementar

Periodicidade

Método de Execução

Critério de Interpretação

Observação

Ruído

Vide Anexo I - Quadro II

Aerodispersóides FIBROGÊNICOS

Telerradiografia do tórax Espirometria

Admissional e anual
Admissional e bienal

Vide Anexo II do Quadro II

Técnica bienal
preconizada
pela American
Thoracic
Society, 1987

Classificação internacional da OIT para radiografias

-

Aerodispersóides NÃO-
FIBROGÊNICOS

Telerradiografia do tórax
Espirometria

Admissional e
trienal, se
exposição <
15 anos

Bienal, se
exposição > 15
Anos

Admissional e
Bienal

Vide Anexo II
do Quadro II

Técnica preconizada
pela American
Thoracic
Society, 1987

Classificação internacional da OIT para radiografias

-

Condições Hiperbáricas

Radiografias de articulações coxo-femorais e espáculo-umerais

Admissional e anual

Ver anexo "B" do anexo nº 6 da NR- 15

Radiações ionizantes

Hemograma completo e contagem de plaquetas

Admissional e semestral

--

Hormônios sexuais femininos

Apenas em homens, Testosterona total ou plasmática livre LH e FSH

Admissional e semestral

--

Benzeno

Hemograma completo e plaquetas

Admissional e semestral

--

ANEXO I DO QUADRO II
(Ver na NR-7)

QUADRO III
PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL RELATÓRIO ANUAL

Responsável:

Data:
Assinatura:

Setor

Natureza do Exame

Nº anual de exames realizados

Nº de resultados anormais

Nº de resultados anormais X.100

Nº de exames
para o ano seguinte

Nº anual de exames

ANEXO II DO QUADRO II
(Ver NR-9, incluído Pela Portaria SIT nº 223, de 06 de maio de 2011)

18. GUARDA DA DOCUMENTAÇÃO

Os registros constantes em prontuário médico, assim como os respectivos exames, deverão ser mantidos por período mínimo de 20 (vinte) anos após desligamento do trabalhador.

19. FISCALIZAÇÃO/PENALIDADES/MULTAS

A empresa ou empregador que não realizar o PCMSO acarreta MULTA de 1.324 UFIR e a não realização dos Exames Ocupacionais (admissional, periódico, etc.) acarreta MULTA de 1.986 UFIR (por exame não realizado).

Além das multa,s outro risco a que a empresa está sujeita quando não implementa os Programas de Segurança e Medicina do Trabalho Ações na Justiça no futuro movidas por funcionários que podem alegar que os danos à saúde que eles apresentam foram adquiridos no período em que trabalharam nesta empresa.

Fundamentos Legais: Norma Regulamentadora - NR-7 e Ministério do Trabalho e Emprego.