NBC T 19.14 - APROVAÇÃO
Aprova
a NBC T 19.14 – Custos de Transação e
Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários.
O CONSELHO FEDERAL DE
CONTABILIDADE, no
exercício de suas atribuições legais e regimentais,
CONSIDERANDO
que o Conselho Federal de Contabilidade, em conjunto com outras entidades, é
membro do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), criado pela Resolução CFC
nº. 1.055/05;
CONSIDERANDO que o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) tem por objetivo
estudar, preparar e emitir Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de
contabilidade e divulgar informações dessa natureza, visando permitir a emissão
de normas uniformes pelas entidades-membro, levando sempre em consideração o
processo de convergência às normas internacionais;
CONSIDERANDO que o Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
a partir de partes do IAS 39 do IASB, aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 08 –
Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários;
RESOLVE:
Art. 1º Aprovar a NBC T 19.14 – Custos de Transação e Prêmios na
Emissão de Títulos e Valores Mobiliários.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na
data da sua publicação.
Brasília,
21 de novembro de 2008.
Contadora Maria Clara Cavalcante Bugarim
Presidente
Ata CFC nº. 919
NORMAS BRASILEIRAS
DE CONTABILIDADE
NBC T 19.14 – CUSTOS
DE TRANSAÇÃO E PRÊMIOS NA EMISSÃO DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
Índice |
Item |
OBJETIVO |
1 |
ÂMBITO E FINALIDADE
(ALCANCE) |
2 |
DEFINIÇÕES |
3 |
CONTABILIZAÇÃO DAS
CAPTAÇÕES DE RECURSOS PARA O CAPITAL PRÓPRIO |
4 – 7 |
CONTABILIZAÇÃO DA
AQUISIÇÃO DE AÇÕES DE EMISSÃO PRÓPRIA (AÇÕES EM TESOURARIA) |
8 – 10 |
CONTABILIZAÇÃO DA CAPTAÇÃO
DE RECURSOS DE TERCEIROS |
11 – 18 |
CONTABILIZAÇÃO TEMPORÁRIA
DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO |
19 |
DIVULGAÇÃO |
20 |
ANEXO – EXEMPLOS |
|
Objetivo
1.
O objetivo da presente Norma é estabelecer o
tratamento contábil aplicável ao reconhecimento, mensuração e divulgação dos
custos de transação incorridos e dos prêmios recebidos no processo de captação
de recursos por intermédio da emissão de títulos patrimoniais e/ou de dívida.
Âmbito e finalidade (alcance)
2.
A presente Norma regula a contabilização e
evidenciação dos custos de transação incorridos na distribuição pública
primária de ações ou bônus de subscrição, na aquisição e alienação de ações
próprias, na captação de recursos por meio da contratação de empréstimos ou
financiamentos ou pela emissão de títulos de dívida, bem como dos prêmios na
emissão de debêntures e outros instrumentos de dívida ou de patrimônio líquido
(freqüentemente referidos como títulos e valores mobiliários – TVM).
Definições
3.
Para fins desta Norma, consideram-se os termos abaixo
com os seguintes significados:
Custos de transação são somente
aqueles incorridos e diretamente atribuíveis às atividades necessárias
exclusivamente à consecução das transações citadas no item 2. São, por
natureza, gastos incrementais, já que não existiriam ou teriam sido evitados se
essas transações não ocorressem. Exemplos de custos de transação são: i) gastos
com elaboração de prospectos e relatórios; ii) remuneração de serviços
profissionais de terceiros (advogados, contadores, auditores, consultores,
profissionais de bancos de investimento, corretores, etc.); iii) gastos com
publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-shows); iv)
taxas e comissões; v) custos de transferência; vi) custos de registro, etc.
Custos de transação não incluem ágios ou deságios na emissão dos títulos e
valores mobiliários, despesas financeiras, custos internos administrativos ou
custos de carregamento.
Despesas financeiras são os custos ou as despesas que representam
o ônus pago ou a pagar como remuneração direta do recurso tomado emprestado do
financiador derivado dos fatores tempo, risco, inflação, câmbio, índice
específico de variação de preços e assemelhados; incluem, portanto, os juros, a
atualização monetária, a variação cambial, etc., mas não inclui taxas,
descontos, prêmios, despesas administrativas, honorários, etc.
Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras, dos custos
de transação, prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qual
representa a diferença entre os valores recebidos e os valores pagos (ou a
pagar) a terceiros.
Prêmio na emissão de debêntures ou de outros títulos
e valores mobiliários é o valor
recebido que supera o de resgate desses títulos na data do próprio recebimento
ou o valor formalmente atribuído aos valores mobiliários.
Taxa interna de retorno (tir) é a taxa efetiva de juros que iguala o valor
presente dos fluxos de entrada de recursos ao valor presente dos fluxos de
saída. Em outros termos, é a taxa efetiva de juros que faz com que o valor
presente líquido dos fluxos de caixa de determinado título de dívida ou
empréstimo seja igual a zero.
Título patrimonial é qualquer contrato (ou título ou valor mobiliário) que evidencie um
interesse residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os seus
passivos. Como exemplo, citam-se ações, bônus de subscrição, etc.
Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo
liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes
entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da
transação ou que caracterizem uma transação compulsória.
Contabilização das captações de recursos para o capital próprio
4.
O registro do montante inicial dos recursos captados
por intermédio da emissão de títulos patrimoniais deve corresponder aos valores
líquidos disponibilizados para a entidade pela transação, pois essas transações
são efetuadas com sócios já existentes e/ou novos, não devendo seus custos
influenciar o saldo líquido das transações geradoras de resultado da entidade.
5.
Os custos de transação incorridos na captação de
recursos por intermédio da emissão de títulos patrimoniais devem ser contabilizados,
de forma destacada, em conta redutora de patrimônio líquido, deduzidos os
eventuais efeitos fiscais, e os prêmios recebidos devem ser reconhecidos em
conta de reserva de capital.
6.
Nas operações de captação de recursos por intermédio
da emissão de títulos patrimoniais em que exista prêmio (excedente de capital)
originado da subscrição de ações aos quais os custos de transação se referem,
deve o prêmio, até o limite do seu saldo, ser utilizado para absorver os custos
de transação registrados na conta de que trata o item 5. Nos demais casos, a
conta de que trata o item anterior será apresentada após o capital social e
somente pode ser utilizada para redução do capital social ou absorção por
reservas de capital.
7.
Quando a operação de captação de recursos por
intermédio da emissão de títulos patrimoniais não for concluída, inexistindo
aumento de capital ou emissão de bônus de subscrição, os custos de transação
devem ser baixados como perda destacada no resultado do período em que se
frustrar a transação.
Contabilização da aquisição de ações de emissão própria (Ações em
tesouraria)
8.
A aquisição de ações de emissão própria e sua
alienação são também transações de capital da entidade com seus sócios e
igualmente não devem afetar o resultado da entidade.
9.
Os custos de transação incorridos na aquisição de
ações de emissão da própria entidade devem ser tratados como acréscimo do custo
de aquisição de tais ações.
10.
Os custos de transação incorridos na alienação de
ações em tesouraria devem ser tratados como redução do lucro ou acréscimo do
prejuízo dessa transação, resultados esses contabilizados diretamente no
patrimônio líquido, na conta que houver sido utilizada como suporte à aquisição
de tais ações, não afetando o resultado da entidade.
Contabilização da captação de recursos de terceiros
11.
O registro do montante inicial dos recursos captados
de terceiros, classificáveis no passivo exigível, deve corresponder aos valores
líquidos disponibilizados pela transação para utilização pela entidade, e o
diferencial com relação aos valores efetivamente pagos e a pagar, a qualquer
título (principal, juros, atualização monetária, custos de transação e outros),
deve ser tratado como encargo financeiro.
12.
Os encargos financeiros incorridos na captação de
recursos junto a terceiros devem ser apropriados ao resultado em função da
fluência do prazo, com base no método
do custo amortizado. Esse método
considera a taxa interna de retorno (tir) da operação para a apropriação dos
encargos financeiros durante a vigência da operação. A utilização do custo
amortizado faz com que os encargos financeiros reflitam o efetivo custo do
instrumento financeiro e não somente a taxa de juros contratual do instrumento,
ou seja, incluem-se neles os juros e os custos de transação da captação, bem
como prêmios recebidos, ágios, deságios, descontos, atualização monetária e
outros. Assim, a taxa interna de retorno considera todos os fluxos de caixa,
desde o valor líquido recebido pela concretização da transação até os
pagamentos todos feitos ou a serem efetuados até a liquidação da transação.
13.
Os custos de transação incorridos na captação de
recursos por meio da contratação de instrumento de dívida (empréstimos,
financiamentos ou títulos de dívida tais como debêntures, notas comerciais ou
outros valores mobiliários) devem ser contabilizados como redução do valor
justo inicialmente reconhecido do instrumento financeiro emitido, para
evidenciação do valor líquido recebido.
14.
Os prêmios na emissão de debêntures devem ser
acrescidos ao valor justo inicialmente reconhecido na emissão desse instrumento
financeiro para o mesmo fim a que se refere o item anterior, apropriando-se ao
resultado conforme o item 12.
15.
No caso de capitalização de encargos financeiros
durante o período de formação ou construção de ativos qualificáveis, os mesmos
procedimentos devem ser utilizados para definição dos valores a serem ativados.
O valor a ser capitalizado corresponde aos encargos financeiros totais e não
apenas às despesas financeiras.
16.
Os instrumentos de dívida são reconhecidos
inicialmente pelo seu valor justo, adicionado do seu custo da transação, exceto
nos casos em que são classificados como instrumentos ao valor justo com
contrapartida no resultado. Nesse caso, os custos da transação devem ser
reconhecidos no resultado no momento inicial. Quando os custos de transação são
incorporados ao valor do instrumento de dívida, eles devem ser apropriados ao
resultado nos termos do item 12. No caso dos instrumentos de dívida avaliados
ao mercado contra o patrimônio líquido, em cada data de avaliação ao valor
justo a diferença entre o custo amortizado (conforme o item 12) e o valor justo
deve ser registrada na conta de ajuste de avaliação patrimonial, no patrimônio
líquido.
17.
Os custos de transação de captação não efetivada devem
ser imediatamente baixados como perda no resultado do período em que se
frustrar essa captação.
18.
Caso os prêmios na emissão de debêntures e de outros
instrumentos financeiros não sejam tributáveis e caso essa não-tributação tenha
como condição a sua não-distribuição aos sócios, a eventual destinação de tais
prêmios à conta específica do patrimônio líquido deve ser feita dentro do
exercício social em que tiverem sido apropriados ao resultado, a partir da
conta de lucros acumulados.
Contabilização temporária dos custos de transação
19.
Os custos de transação de que trata esta Norma,
enquanto não captados os recursos a que se referem, devem ser apropriados e
mantidos em conta transitória e específica do ativo como pagamento antecipado.
O saldo dessa conta transitória deve ser reclassificado para a conta
específica, conforme a natureza da operação, tão logo seja concluído o processo
de captação, ou baixado conforme determinado no item 17 se a operação não se
concretizar.
Divulgação
20.
A entidade deve divulgar as seguintes informações para
cada natureza de captação de recursos (títulos patrimoniais ou de dívida):
(a)
a
identificação de cada processo de captação de recursos agrupando-os conforme
sua natureza;
(b)
o montante
dos custos de transação incorridos em cada processo de captação;
(c)
o montante de
quaisquer prêmios obtidos no processo de captação de recursos por intermédio da
emissão de títulos de dívida ou de valores mobiliários;
(d)
a taxa de
juros efetiva (tir) de cada operação; e
(e)
o montante
dos custos de transação e prêmios (se for o caso) a serem apropriados ao
resultado em cada período subseqüente.
ANEXO – EXEMPLOS
Os exemplos a seguir não fazem parte desta
Norma, mas têm o objetivo de auxiliar no entendimento dos procedimentos
contábeis. Os exemplos,
por apresentarem dados em $ mil, podem apresentar pequenas diferenças de
arredondamento.
Exemplo 01: Custos de transação (sem prêmio ou desconto)
Considere-se que no fim do ano 0 tenha
havido captação de $ 1.000.000,00, com taxa de juros anual contratada de 6,0%,
com prazo de oito anos, e pagamentos anuais iguais consecutivos de $
161.035,94. Também se considere que a empresa que obteve o empréstimo incorreu
em custos de transação no montante de $ 108.695,18.
Considerando-se os custos de transação, o
fluxo de caixa líquido desses custos é o seguinte (em $ mil), considerando que
dos $ 1.000.000,00 recebidos são deduzidos $ 108.695,18 de custos de transação:
Ano |
Fluxo Líquido de
Caixa |
|
0 |
891 |
|
1 |
(161) |
|
2 |
(161) |
|
3 |
(161) |
|
4 |
(161) |
|
5 |
(161) |
|
6 |
(161) |
|
7 |
(161) |
|
8 |
(161) |
No ano 0, o fluxo de caixa disponível para
ser utilizado é o líquido dos custos de transação. Na essência, esse é o valor
líquido captado. Com base nesse fluxo de caixa, a taxa interna de retorno
anual, que nominalmente era de 6,0% a.a., passa para 9,0% a.a. E esse é
efetivamente o custo da captação efetuada.
A taxa interna de retorno é a taxa que iguala
o valor presente dos pagamentos futuros ao valor da captação líquida. Essa é a
taxa que reflete o verdadeiro custo do empréstimo captado. Matematicamente a
taxa interna de retorno é:
Considerando-se essa taxa efetiva de
juros, o controle da captação é o seguinte (em $ mil):
Ano |
Saldo Inicial |
Efeitos na DRE |
Pagamentos |
Saldo Final |
|
1 |
891 |
(80) |
(161) |
810 |
|
2 |
810 |
(73) |
(161) |
722 |
|
3 |
722 |
(65) |
(161) |
626 |
|
4 |
626 |
(56) |
(161) |
522 |
|
5 |
522 |
(47) |
(161) |
408 |
|
6 |
408 |
(37) |
(161) |
283 |
|
7 |
283 |
(25) |
(161) |
148 |
|
8 |
148 |
(13) |
(161) |
(0) |
|
|
Total = |
(397) |
|
|
|
|
Juros = |
(288) |
|
|
|
|
Custos = |
(109) |
|
|
O saldo inicial de reconhecimento da captação leva em
consideração os custos da transação. Logo, esses custos diminuem o saldo do
empréstimo tomado, que inicia o ano 1 com $ 891.304,82. Os efeitos anuais na
DRE referem-se à taxa de juros efetiva de 9% sobre o saldo inicial. Os
pagamentos são sempre os mesmos, pois são os contratados. O total dos encargos
financeiros que afetam a demonstração do resultado ao longo dos oito anos é de
$ 397 mil, valor que é desdobrado da seguinte forma: $ 288 mil de juros e $ 109
mil de amortização dos custos de transação.
Ano
a ano essas despesas são assim desdobradas:
Ano |
Despesa com Juros |
Despesa com
Amortização dos Custos de Transação |
Encargo Financeiro
Total na DRE |
|
1 |
(60) |
(20) |
(80) |
|
2 |
(54) |
(19) |
(73) |
|
3 |
(48) |
(18) |
(65) |
|
4 |
(41) |
(16) |
(56) |
|
5 |
(33) |
(13) |
(47) |
|
6 |
(26) |
(11) |
(37) |
|
7 |
(18) |
(8) |
(25) |
|
8 |
(9) |
(4) |
(13) |
|
TOTAL = |
(288) |
(109) |
(397) |
Os lançamentos contábeis, em dois períodos
para exemplificar, são os seguintes (em $ mil):
Momento 0 (captação):
D – Caixa (pela captação líquida) $ 891.304,82
D – Custos a amortizar (redutor do passivo) $
108.695,18
C – Empréstimos e financiamentos $ 1.000.000,00
Apresentação no Balanço, no Passivo, momento 0:
Empréstimos
e financiamentos $ 891.304,82
Ou, analiticamente:
Empréstimos e financiamentos
$ 1.000.000,00
(-) Custos a
amortizar ($ 108.695,18) $
891.304,82
Fim do período 1 (apropriação dos encargos financeiros):
D – Encargos financeiros (DRE) $ 80.217,43
[Despesas financeiras (juros)
$
60.000,00 ]
[Amortização de custos $ 20.217,43 ]
C – Empréstimos e financiamentos $ 60.000,00
C – Custos a amortizar $ 20.217,43
Fim do período 1 (parcela de pagamento do empréstimo):
D – Empréstimos e financiamentos $ 161.035,94
[Pagamento de juros $
60.000,00]
[Amortização do
principal $ 101.035,94]
C – Caixa
$ 161.035,94
Apresentação no Balanço, no Passivo, fim
do período 1:
Empréstimos e financiamentos $ 810.486,31
Ou, analiticamente:
Empréstimos e financiamentos $ 898.964,06
(-)
Custos a amortizar ($
88.477,75 )
$ 810.486,31
Exemplo 02: Custos de transação e prêmio na emissão de títulos de
dívida.
Considere-se
que no fim do ano 0 tenha havido captação, via debêntures, de $ 1 milhão, com
taxa de juros anual contratada de 6,0%, com prazo de oito anos, e pagamentos
iguais consecutivos de $ 161,04 mil. Também se considere que a empresa incorreu
em custos de transação no montante de $ 60 mil. Como esse empréstimo possui
taxa fixa, e a projeção futura dos juros durante a duração do empréstimo é
inferior a 6% (5,02%, suponha-se), houve mais demanda pela compra do que a
oferta de títulos oferecidos ao mercado. Dessa forma, o valor captado foi
superior ao valor de $ 1 milhão, configurando emissão de título de dívida com
prêmio. O valor captado com a emissão dos títulos (sem os custos de transação)
foi de $ 1,1 milhão, o que, livre dos custos de captação, produz o valor
líquido disponível de $ 1,04 milhão.
O
fluxo de pagamento desse empréstimo é o mesmo que o do exemplo anterior.
Considerando-se
o fluxo de caixa disponível para uso após a captação, tem-se que a taxa interna
de retorno é de 5,02%:
Ano |
Fluxo Líquido de
Caixa |
|
0 |
1.040 |
|
1 |
(161) |
|
2 |
(161) |
|
3 |
(161) |
|
4 |
(161) |
|
5 |
(161) |
|
6 |
(161) |
|
7 |
(161) |
|
8 |
(161) |
Considerando-se
essa taxa efetiva de juros, o controle do empréstimo é o seguinte:
Ano |
Saldo Inicial |
Efeitos na DRE |
Pagamentos |
Saldo Final |
|
1 |
1.040 |
(52) |
(161) |
931 |
|
2 |
931 |
(47) |
(161) |
817 |
|
3 |
817 |
(41) |
(161) |
697 |
|
4 |
697 |
(35) |
(161) |
571 |
|
5 |
571 |
(29) |
(161) |
438 |
|
6 |
438 |
(22) |
(161) |
299 |
|
7 |
299 |
(15) |
(161) |
153 |
|
8 |
153 |
(8) |
(161) |
0 |
|
|
Total = |
(248) |
|
|
O
saldo inicial de reconhecimento do empréstimo leva em consideração os custos de
transação e o prêmio de $ 100 mil recebido. Logo, esses custos diminuem o saldo
do empréstimo e o prêmio o aumenta, iniciando o ano 1 com saldo de $ 1.040 mil.
Os efeitos anuais na DRE referem-se à taxa de juros efetiva de 5,02% sobre o
saldo inicial. Os pagamentos são sempre os mesmos, pois são os contratados. O
total das despesas financeiras que afetam a demonstração do resultado ao longo
dos oito anos é de $ 248 mil, que é desdobrado da seguinte forma: $ 288 mil de
juros e $ 40 mil (positivo) de amortização dos custos de transação e do prêmio
na emissão dos títulos.
Ano
a ano essas despesas são assim desdobradas:
Ano |
Despesa com Juros |
Despesa com
Amortização dos Custos e Prêmio |
Efeito Total Na DRE |
|
1 |
(60) |
8 |
(52) |
|
2 |
(54) |
7 |
(47) |
|
3 |
(48) |
7 |
(41) |
|
4 |
(41) |
6 |
(35) |
|
5 |
(33) |
5 |
(29) |
|
6 |
(26) |
4 |
(22) |
|
7 |
(18) |
3 |
(15) |
|
8 |
(9) |
1 |
(8) |
|
TOTAL = |
(288) |
40 |
(248) |
Ano a ano as amortizações dos custos de
transação e do prêmio são assim desdobradas:
Ano |
Amortização do
Prêmio |
Amortização dos
Custos Transação |
Efeito Total na
DRE |
|
1 |
19 |
(12) |
8 |
|
2 |
18 |
(11) |
7 |
|
3 |
16 |
(10) |
7 |
|
4 |
14 |
(9) |
6 |
|
5 |
12 |
(7) |
5 |
|
6 |
10 |
(6) |
4 |
|
7 |
7 |
(4) |
3 |
|
8 |
4 |
(2) |
1 |
|
TOTAL = |
100 |
(60) |
40 |
Os lançamentos contábeis, em dois períodos
para exemplificar, são os seguintes:
Momento 0 (captação):
D – Caixa (pela captação liquida) $ 1.040.000,00
D – Custos a amortizar (custos de
transação) $ 60.000,00
C – Empréstimos e financiamentos $
1.000.000,00
C – Prêmio a amortizar
$ 100.000,00
Apresentação no Balanço, no Passivo, momento 0:
Empréstimos
e financiamentos $
1.040.000,00
Ou, analiticamente:
Empréstimos e financiamentos $ 1.000.000,00
(+)
Prêmio a amortizar $ 100.000,00
(-)
Custos a amortizar ($ 60.000,00
$
1.040.000,00
Fim do período 1 (apropriação dos encargos
financeiros):
D – Encargos financeiros (DRE) $ 52.200,23
[Despesas financeiras (juros)
$ 60.000,00]
[Amortização de custos $ 11.699,65]
[Amortização do prêmio ($ 19.499,42)]
D – Prêmio a amortizar $ 19.499,42
C – Empréstimos e financiamentos $ 60.000,00
C – Custos a amortizar $ 11.699,65
Fim do período 1 (parcela de pagamento do empréstimo):
D – Empréstimos e financiamentos $ 161.035,94
[Pagamento de juros $ 60.000,00]
[Amortização do principal
$ 101.035,94]
C –
Caixa $ 161.035,94
Apresentação no Balanço, no Passivo, fim do período 1:
Empréstimos
e financiamentos $
931.164,29
Ou, analiticamente:
Empréstimos e financiamentos $ 898.964,06
(+)
Prêmio a amortizar $ 80.500,58
(-)
Custos a amortizar ($
48.300,35) $
931.164,29
Exemplo 03: Gastos com emissão de ações.
Suponha-se que sejam emitidas 10 milhões
de ações novas, e que também sejam vendidas mais 20 milhões de ações do
controlador, todas pelo preço unitário de $ 1,70. Nesse caso, a empresa paga
todos os gastos com a emissão das ações, no total de $ 2.550 mil, mas apenas
parte é seu efetivo encargo. Supõe-se que não haja diferença de esforços entre
a emissão primária e a secundária.
Antes da emissão das ações, o patrimônio
líquido é assim representado, cujo capital social é composto por 100 milhões de
ações, todas ordinárias.
|
$ mil |
Patrimônio Líquido |
170.000 |
Capital Social |
150.000 |
Reservas de Lucros |
20.000 |
As informações relevantes da emissão são:
INFORMAÇÕES
DA EMISSÃO |
Qt |
$ /
ação |
Captação |
Custos
da |
Captação |
Bruta |
Emissão |
Líquida |
|||
emissão primária |
10.000.000 |
1,70 |
17.000.000 |
850.000 |
16.150.000 |
emissão secundária |
20.000.000 |
1,70 |
34.000.000 |
1.700.000 |
32.300.000 |
|
30.000.000 |
|
51.000.000 |
2.550.000 |
48.450.000 |
Pelo quadro acima, nota-se que o total de
recursos líquidos que ingressou no caixa da empresa foi de $ 48.450 mil.
Os lançamentos contábeis são (em $ mil):
D – Caixa $
48.450
D – Gastos com emissão de ações $
850
D – Obrigações para com o controlador $
1.700
C – Capital Social $ 17.000
C – Obrigações para com o controlador $ 34.000
Os custos proporcionais da emissão
primária são debitados em conta redutora do capital. Já os custos proporcionais
da emissão secundária são debitados em contas a receber dos acionistas
controladores, pois não pode a companhia, nessa circunstância, debitar como
suas as despesas de lançamento das ações do controlador. No passivo acaba
ficando o saldo líquido de $ 32,3 milhões a lhe ser repassado.
A apresentação do patrimônio líquido no
balanço ficará:
|
$ mil |
Patrimônio Líquido |
186.150 |
Capital Social |
166.150 |
Reservas de Lucros |
20.000 |
Ou, mais analiticamente:
|
$ mil |
Patrimônio Líquido |
186.150 |
Capital Social |
167.000 |
(-) Gastos com emissão de ações |
(850) |
Reservas de Lucros |
20.000 |
Exemplo 04: Custo de transação e ajuste ao valor justo
de títulos de dívida
Seja
o seguinte fluxo original de um título de dívida e correspondente controle pelo
custo amortizado, caso não houvesse custos de transação (CT):
Custo Amortizado (tir anual de 12%) |
||||
Data/Período |
Saldo Inicial |
Despesas Financeiras |
Fluxo de Caixa |
Saldo Final |
0 |
|
|
1.000.000 |
1.000.000 |
1 |
1.000.000 |
120.000 |
0 |
1.120.000 |
2 |
1.120.000 |
134.400 |
0 |
1.254.400 |
3 |
1.254.400 |
150.528 |
0 |
1.404.928 |
final |
1.404.928 |
|
-1.404.928 |
0 |
A
taxa interna de retorno do título é de 12% ao ano, antes dos efeitos dos custos
de transação. Sejam os seguintes valores justos desse título de dívida:
Data/Período |
Fair Value |
0 |
1.000.000 |
1 |
1.230.000 |
2 |
1.250.000 |
3 |
1.404.928 |
Mas
consideremos que a entidade emissora desse título de dívida tenha incorrido em
custos de transação de $ 30.000 (3% do valor de face do título); o montante
inicial a ser registrado da dívida é de $ 970.000 ($ 1.000.000 – $ 30.000). O
fluxo dessa dívida e respectivo controle pelo custo amortizado passam a ser o
seguinte, contemplando a taxa interna de retorno efetiva da dívida que agora
passa a ser de 13,143% ao ano:
Custo Amortizado (tir anual de 13,143%) |
||||
Data/Período |
Saldo Inicial |
Encargos da Dívida |
Caixa |
Saldo Final |
0 |
|
|
970.000 |
970.000 |
1 |
970.000 |
127.486 |
0 |
1.097.486 |
2 |
1.097.486 |
144.242 |
0 |
1.241.728 |
3 antes pgto |
1.241.728 |
163.200 |
0 |
1.404.928 |
3 após pgto |
1.404.928 |
|
-1.404.928 |
0 |
|
total encargos = |
434.928 |
|
|
O encargo da dívida é assim desmembrado:
Custo Amortizado (tir anual de 13,143%) |
|||
Data/Período |
Despesa Financeira |
Amortização CT |
Encargos da Dívida |
0 |
|
|
|
1 |
120.000 |
7.486 |
127.486 |
2 |
134.400 |
9.842 |
144.242 |
3 |
150.528 |
12.672 |
163.200 |
Total |
404.928 |
30.000 |
434.928 |
Se a dívida for classificada como mantida até o vencimento, os
registros dos encargos da dívida e da amortização dos custos de transação
seriam os seguintes:
Data/Período |
Fluxo da Dívida |
Dívida (Saldo Inicial) |
Dívida (Saldo Final) |
Despesas Financeiras |
Amortiza-ção CT |
Efeito Total na DRE |
0 |
970.000 |
0 |
970.000 |
|
|
|
1 |
0 |
970.000 |
1.097.486 |
-120.000 |
-7.486 |
-127.486 |
2 |
0 |
1.097.486 |
1.241.728 |
-134.400 |
-9.842 |
-144.242 |
3
antes pgto |
0 |
1.241.728 |
1.404.928 |
-150.528 |
-12.672 |
-163.200 |
3
após pgto |
-1.404.928 |
-1.404.928 |
0 |
0 |
0 |
0 |
|
|
|
totais na DRE = |
-404.928 |
-30.000 |
-434.928 |
No caso de a dívida ser avaliada pelo
seu valor justo, com contrapartida no resultado, no final de cada
período de reporte a dívida da entidade é avaliada pelo seu valor justo. Resta
a contabilização desses ajustes na demonstração do resultado. Os custos de
transação são amortizados integralmente no resultado quando da primeira
avaliação ao valor justo. Neste exemplo, o valor justo da dívida é dado como
igual a $ 1.000.000 e não $ 970.000, pois se considerou que os custos de
transação não tenham sido considerados pelo mercado. Assim sendo, esses custos
de transação são amortizados integralmente quando da primeira avaliação ao
valor justo, gerando a despesa de $ 30.000, e não há outra receita ou despesa
porque o valor justo passa a ser o passivo após essa baixa. Nos períodos
subseqüentes, a demonstração do resultado é afetada somente pelos ajustes ao
valor justo em cada data de reporte. Assim sendo, os controles da entidade
apontarão o seguinte:
Data/Período |
Caixa |
Dívida |
PL (acumulado) |
DRE (Ajuste FV) |
DRE (CT) |
Total DRE |
0 |
970.000 |
1.000.000 |
-30.000 |
0 |
-30.000 |
-30.000 |
1 |
0 |
1.230.000 |
-260.000 |
-230.000 |
0 |
-230.000 |
2 |
0 |
1.250.000 |
-280.000 |
-20.000 |
0 |
-20.000 |
3 antes pgto |
0 |
1.404.928 |
-434.928 |
-154.928 |
0 |
-154.928 |
3 após pgto |
-1.404.928 |
0 |
totais na DRE = |
-404.928 |
-30.000 |
-434.928 |
A coluna “dívida” demonstra o valor justo
da dívida ao final de cada período. A coluna “PL acumulado” demonstra o efeito
acumulado das alterações de valor da dívida em cada data de reporte. Na
demonstração de resultado, a coluna “CT” demonstra a baixa dos custos da
transação. A coluna da demonstração de resultado “ajuste FV” demonstra os
montantes necessários para se demonstrarem os montantes da dívida aos seus
valores justos.
Já no caso de a dívida ser avaliada aos
seus valores justos em contrapartida à conta de ajuste de avaliação patrimonial,
outros controles são necessários. A diferença é que os custos de transação não
são imediatamente descarregados no período em que houver a primeira avaliação
ao valor justo; eles são amortizados ao longo do tempo em que a dívida
permanecer na empresa como no caso dos mantidos até o vencimento, para depois,
em cada data, serem ajustados ao seu valor justo. Em outras palavras, o
controle do custo amortizado da dívida leva em consideração os efeitos dos
custos de transação na taxa interna de retorno da dívida, que nesse exemplo é
de 13,143% ao ano. E, após essa apropriação, é que se ajustam os valores da
dívida ao seu valor de mercado, mas esses ajustes vão diretamente ao patrimônio
líquido. Assim sendo, os controles da entidade apontarão o seguinte:
Período |
Caixa |
Dívida |
PL (acumulado) |
PL (Ajuste FV) |
Despesas Financeiras |
Amorti-zação CT |
Total DRE |
0 |
-970.000 |
1.000.000 |
-30.000 |
-30.000 |
|
|
0 |
1 |
0 |
1.230.000 |
-260.000 |
-102.514 |
-120.000 |
-7.486 |
-127.486 |
2 |
0 |
1.250.000 |
-280.000 |
124.242 |
-134.400 |
-9.842 |
-144.242 |
3 antes pgto |
0 |
1.404.928 |
-434.928 |
8.272 |
-150.528 |
-12.672 |
-163.200 |
3 após pgto |
-1.404.928 |
0 |
totais na DRE = |
-0 |
-404.928 |
-30.000 |
-434.928 |
A coluna “PL ajuste FV” representa o
ajuste ao valor justo da dívida lançado na conta de ajuste de avaliação
patrimonial; é a diferença entre o custo amortizado da dívida e seu valor
justo. Na demonstração do resultado, o encargo da dívida é compreendido pelas
despesas financeiras efetivas e amortização dos custos de transação (tir anual
de 13,143%).
Com essa forma de contabilização, a
movimentação da dívida é assim representada:
Controle da Dívida (FV no PL) |
|||||
Período |
Saldo Inicial |
Encargos Financeiros |
Caixa |
Ajuste FV (PL) |
Saldo Final (FV) |
0 |
|
|
970.000 |
30.000 |
1.000.000 |
1 |
1.000.000 |
127.486 |
|
102.514 |
1.230.000 |
2 |
1.230.000 |
144.242 |
|
-124.242 |
1.250.000 |
t3 antes pgo |
1.250.000 |
163.200 |
|
-8.272 |
1.404.928 |
t3 após pgto |
1.404.928 |
|
-1.404.928 |
|
0 |
|
totais na DRE = |
434.928 |
totais na AAP = |
0 |
|
AAP = Conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial
Exemplo 05: Custos de transação na emissão de títulos de dívida com
juros variáveis e pagamento do principal ao final da transação
Considere-se que no fim do ano 0 tenha
havido captação de $ 1.000.000,00 com taxa de juros anual contratada
equivalente ao CDI + 2%, com prazo de três anos, pagamentos de juros anuais e
amortização do principal ao final do terceiro ano. Considere-se, também, que a
entidade emissora do título de dívida (debêntures) tenha incorrido em custos de
transação no montante de $ 90.000,00.
Nesse caso, temos que considerar que os
juros são variáveis, em função das taxas do CDI, e que os juros determináveis
com base na taxa do CDI + 2% são determináveis a partir do valor nominal das
debêntures e pagos a cada 12 meses. Assim, nessa situação, é necessário que o
controle da parcela da amortização do custo da transação seja feito
separadamente, uma vez que na data da transação não são conhecidas as taxas do
CDI aplicáveis à transação, uma vez que a taxa pós-fixada e variável será
conhecida somente com a fluência do prazo da transação.
Ao longo da transação, as taxas do CDI
foram as seguintes: Ano 1: 12,0% (14,0% o custo total: 12+2); Ano 2: 9,5%
(11,5% o custo total: 9,5 + 2); Ano 3: 10,5% (12,5% o custo total: 10,5 + 2).
De acordo com o fluxo de amortização do
principal, a taxa efetiva do custo de transação foi de 3,1936% a.a. [taxa
efetiva do custo de transação = (ct/caixa disponível) = $ 90.000/($ 1.000.000 – $ 90.000) = 9,8901% em três anos, representando taxa
equivalente anual de 3,1936%]. O efeito anual dos juros e da amortização do
custo de transação é o seguinte, conforme o controle da dívida:
Controle da Dívida |
|||||
Ano |
Saldo Inicial |
Despesas Financeiras |
Amortização CT |
Caixa |
Saldo Final |
0 |
0 |
|
|
910.000 |
910.000 |
1 |
910.000 |
140.000 |
29.062 |
-140.000 |
939.062 |
2 |
939.062 |
115.000 |
29.990 |
-115.000 |
969.052 |
3 |
969.052 |
125.000 |
30.948 |
-1.125.000 |
0 |
Cálculo das despesas financeiras
A taxa de juros não pode ser determinada a priori em cada período. Os juros
(pagáveis anualmente) são calculados com base no principal da dívida ($
1.000.000). O procedimento dos cálculos é o seguinte:
Ano |
CDI |
Custo Total |
1 |
12,00% |
14,00% |
2 |
9,50% |
11,50% |
3 |
10,50% |
12,50% |
Controle da Dívida (sem CT) |
||||
e |
Saldo Inicial |
Juros |
Caixa |
Saldo Final |
0 |
|
|
1.000.000 |
1.000.000 |
1 |
1.000.000 |
140.000 |
-140.000 |
1.000.000 |
2 |
1.000.000 |
115.000 |
-115.000 |
1.000.000 |
3 |
1.000.000 |
125.000 |
-1.125.000 |
0 |
Esse é o controle da dívida sem levar em
consideração os custos de transação. A coluna “juros” refere-se às despesas
financeiras anuais a serem contabilizadas na entidade. Restam os cálculos das
amortizações dos custos de transação.
Cálculo dos custos de transação
Deve-se ter em mente que os custos de
transação representam custos adicionais de 3,1936% sobre o valor liquido da
dívida. O controle da dívida efetiva a seguir demonstra esses cálculos:
Controle da Dívida |
|||||
Ano |
Saldo Inicial |
Despesas Financeiras |
Amortização CT |
Caixa |
Saldo Final |
0 |
|
|
|
910.000 |
910.000 |
1 |
910.000 |
140.000 |
29.062 |
-140.000 |
939.062 |
2 |
939.062 |
115.000 |
29.990 |
-115.000 |
969.052 |
3 |
969.052 |
125.000 |
30.948 |
-1.125.000 |
0 |
A coluna “despesas financeiras” demonstra
os mesmos valores dos juros da dívida quando os custos de transação não são
considerados. A coluna “amortização CT” representa a amortização dos custos de
transação, cujos valores são sempre iguais a 3,1936% do saldo inicial da
dívida, conforme demonstrado a seguir.
Ano |
Saldo Inicial |
Custo dos CT |
Amortização CT |
1 |
910.000 |
3,1936% |
29.062 |
2 |
939.062 |
3,1936% |
29.990 |
3 |
969.052 |
3,1936% |
30.948 |
Dessa forma, os efeitos totais na
demonstração do resultado de cada período são os seguintes:
Efeitos totais na DRE |
|||
Ano |
Despesas Financeiras |
Amortização CT |
Efeito Total DRE |
1 |
-140.000 |
-29.062 |
-169.062 |
2 |
-115.000 |
-29.990 |
-144.990 |
3 |
-125.000 |
-30.948 |
-155.948 |