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15/06/2022 - Bolsa ensaia recuperação apoiada em altas de Eletrobras e Vale

O mercado de ações brasileiro ensaiava uma recuperação na manhã desta quarta-feira (15), enquanto a taxa de câmbio recuava. O cenário das primeiras horas de negociação era influenciado pela alta das Bolsas internacionais, indicando que investidores podem estar se ajustando a uma provável taxa de juros mais agressiva a ser anunciada nesta tarde pelo Fed (Federal Reserve, o banco central americano).

Às 11h46, o índice de referência da Bolsa de Valores do Brasil subia 1,37%, a 103.507 pontos. Caso encerre o dia com ganhos, o Ibovespa terá interrompido um ciclo de oito quedas diárias consecutivas.

O dólar caía 0,13%, cotado a R$ 5,1270 na venda. A moeda americana acumulava sete valorizações seguidas até a véspera.

Além do ajuste ao Fed, o mercado brasileiro era beneficiado por informações vindas da China interpretadas como animadoras por investidores.

Autoridades chinesas divulgaram dados que mostraram avanço inesperado da produção industrial no país, cuja atividade econômica vem enfrentando restrições devido à política de controle dos casos de Covid.

As ações da Vale subiam 2,19%, refletindo melhora nas perspectivas de valorização do minério de ferro. A China é o principal destino das exportações dessa matéria-prima.

Também no topo dos negócios de maior volume nesta quarta, a recém-privatizada Eletrobras subia 1,13%, com a sua ação ordinária cotada R$ 41,92 e chegando perto, portanto, do preço de R$ 42 definido na oferta pública.

Após cinco tombos, a Bolsa de Nova York também buscava o caminho da recuperação nesta quarta, com seu índice de referência, o S&P 500, avançando 0,81%.

O índice Dow Jones, que acompanha empresas americanas de grande valor, ganhava 0,64%. O Nasdaq, focado em companhias médias do setor de tecnologia, saltava 1,55%.

 O mercado financeiro vem sendo dragado nos últimos dias pelo sentimento cada vez mais forte de que a inflação mundial está descontrolada e provocará uma alta global de juros capaz de colocar as principais economias à beira da recessão.

Refletindo o ambiente de aversão aos investimentos de risco nesta terça-feira (14), o dólar comercial subiu 0,43%, a R$ 5,1350 na venda, renovando a sua maior cotação frente ao real em um mês.

A Bolsa de Valores brasileira chegou à oitava queda consecutiva. O índice de referência Ibovespa perdeu 0,52% nesta sessão, encerrando o dia com a pontuação de 102.063, a mais baixa desde 6 de janeiro.

O mergulho de 9,19% do mercado de ações doméstico desde a última alta, em 2 de junho, tem forte relação com o cenário internacional, embora o governo brasileiro também tenha reforçado a percepção de investidores quanto ao risco fiscal ao colocar em pauta uma proposta de desoneração dos combustíveis.

O estresse que tomou conta dos mercados nos últimos dias ganhou força na última sexta-feira (10), quando dados da inflação americana vieram acima do esperado, reforçando o sentimento de que autoridades monetárias em todo o mundo terão de acelerar ainda mais suas respectivas taxas de juros.

Essa situação tende a valorizar moedas fortes, sobretudo o dólar, e tirar investimentos de ações de empresas negociadas nas Bolsas.

Nesta quarta, o Fomc (comitê de política monetária) do Fed concluirá sua reunião de dois dias e informará a sua decisão sobre o ritmo de aumento dos juros no país.

Analistas do mercado de Nova York apostam amplamente em uma elevação de 0,75 ponto percentual, segundo a agência Reuters. Se confirmada, essa será a maior alta em uma reunião do Fed desde 1994.

Esse aumento elevaria a taxa de referência do Fed para o empréstimo diário entre bancos (parâmetro para o setor de crédito em geral) ao valor máximo de 1,5% ao ano. Esse número também é o mais esperado entre analistas consultados pela agência Bloomberg.

Ao continuar nesse passo, o Fed poderá chegar a uma taxa de até 2,5%, em setembro, e de até 3,5% em dezembro. Isso representaria o intervalo mais agressivo de aperto da política monetária americana desde a década de 1980, segundo análise do The Wall Street Journal.

Também nesta quarta, o Copom, comitê responsável por formular a política monetária do Banco Central do Brasil, apresentará sua decisão sobre a taxa básica de juros do país, a Selic. O aumento no custo do crédito nos Estados Unidos tende a afetar a taxa brasileira.

FONTE: UOL

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