15/01/2021 - Dólar fecha em alta de 1,81%, a R$ 5,304, mas cai 2,07% na semana
O dólar comercial fechou hoje (15) em alta de 1,81% ante o real, cotado a R$ 5,304 na venda. Na semana, a moeda norte-americana acumulou queda de 2,07%. O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto. Ontem (14), a moeda norte-americana teve queda 1,90% ante o real, cotado a R$ 5,210 na venda. O mercado se mostra pessimista em relação ao real. Estrategistas do Société Générale, acreditando que os mercados devem esperar por mais deterioração fiscal no Brasil, já preveem o dólar a R$ 6. De acordo com relatório do banco divulgado nesta sexta-feira, o câmbio sofrerá com lento crescimento econômico, deterioração dos cenários fiscal e de dívida e baixos juros. O noticiário sobre vacinas é positivo, mas pode levar tempo até que o imunizante esteja disponível a todos, num contexto em que os casos de covid-19 no país estão em alta. "Além disso, (Jair) Bolsonaro perdeu capital político nas eleições municipais de novembro, e a baixa visibilidade antes das eleições no Congresso em fevereiro tem prejudicado o cenário para reformas no curto prazo", disse o banco francês. "O aumento do número de óbitos e hospitalizações reforçando a importância de se vacinar a população o quanto antes", afirmou a equipe do Itaú Unibanco, em relatório. Em posicionamento institucional diante da nova escalada das contaminações de covid-19, tendo neste momento em Manaus (AM) o centro de maior drama por falta de oxigênio em hospitais, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) lembrou nesta sexta-feira (15) que a vacinação em massa é "fundamental" para a retomada da atividade econômica. Em texto da entidade, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, sustenta que a imunização permitirá reativar setores da economia ao proteger a saúde dos brasileiros e afastar o risco da doença, o que, consequentemente, levará ao retorno dos brasileiros às atividades diárias, assim como a recuperação do consumo e dos investimentos. À medida que a vacinação for avançando, prossegue a nota da CNI, as incertezas econômicas, políticas e sociais relacionadas à pandemia se dissiparão. "A confiança trará novo fôlego ao consumo e à produção, o que acelerará a recuperação das perdas deixadas por esta que é uma das mais graves crises sanitária e econômica enfrentadas pela humanidade", afirma Andrade à Reuters.
FONTE:
UOL