12/08/2020 - Dólar sobe 0,7%, a R$ 5,453, e Bolsa fecha quase estável, após "debandada"
O dólar comercial teve valorização de 0,7% e fechou o dia de hoje (12) cotado a R$ 5,453 na venda, um dia após uma "debandada" no Ministério da Economia, com dois pedidos de demissão. Ontem (11) a moeda norte-americana tinha desvalorizado 0,92%, negociada por R$ 5,415. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou praticamente estável, com leve queda de 0,06%, a 102.117,79 pontos. Ontem (11) o Ibovespa tinha fechado a 102.174,398 pontos, com baixa de 1,23%. O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto. No Brasil, o foco passava para a política depois que os secretários especiais do Ministério da Economia Salim Mattar (Desestatização) e Paulo Uebel (Desburocratização) pediram demissão na terça-feira, enquanto o ministro Paulo Guedes afirmou que houve uma "debandada" da sua equipe. "A saída de Salim Mattar e Paulo Uebel do governo começa a mostrar o forte cansaço do corpo técnico do governo com os avanços políticos", disseram em nota analistas da Infinity Asset, citando que o comportamento dos mercados difere do desenvolvimento do cenário brasileiro. "Em ordem de velocidade, do mais rápido ao mais lento, temos o tempo do mercado, o tempo da economia, o tempo do corpo técnico do governo e por último, o tempo da política." A incerteza política doméstica, aliada a um ambiente de juros extremamente baixos e uma crise econômica causada pela pandemia de coronavírus, é apontada por analistas como um dos fatores que levou o dólar a níveis recordes próximos de R$ 6 em 2020. No cenário externo, investidores demonstravam cautela diante do impasse político nas negociações de um novo pacote de auxílio econômico nos Estados Unidos. Os principais negociadores da Casa Branca falharam em chegar a um acordo com os democratas do Congresso sobre os termos e o preço do estímulo, enquanto os casos de covid-19 seguem ameaçando a recuperação da maior economia do mundo. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, recusou-se a dizer nesta quarta-feira se acha que os dois lados podem chegar a um acordo, já que as negociações permaneceram paradas.'Debandada' no Ministério
Pacote econômico dos EUA
FONTE:
UOL