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19/02/2019 - Dívida da Hidrovias do Brasil no exterior fica subvalorizada

Os títulos de dívida da Hidrovias do Brasil, empresa que opera o transporte de soja pelas águas da região amazônica, têm sido afetados pelas preocupações quanto aos possíveis impactos que o rompimento da barragem da Vale poderá ter sobre o seu negócio.

Os papéis da companhia têm, neste mês, o pior desempenho entre os bônus emitidos por companhias brasileiras. E o retorno que os investidores exigem para mantê-los bateu recorde na comparação com as notas da concorrente Rumo, com classificação de risco semelhante.

Segundo Sergio Vailati, analista da XP Investimentos, investidores temem que os desdobramentos da tragédia de Brumadinho levem a Vale a reduzir o volume de minério de ferro que a Hidrovias transporta para a Argentina pela hidrovia Paraná-Paraguai. No entanto, a carga fornecida pela Vale à Hidrovias é originada em Corumbá (MS), a 1.700 quilômetros da barragem que se rompeu.

Com isso, os títulos da Hidrovias agora representam uma oportunidade, afirma Vailati.

"O rendimento atual do bond da Hidrovias está atrativo considerando o perfil de crédito da empresa", disse Vailati em uma entrevista. "Não acho que deveria ter um prêmio tão alto quanto agora."

Os US$ 600 milhões em notas da Hidrovias com vencimento em 2025 perderam 1,1% este mês, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Eles agora rendem 1,9 ponto percentual a mais do que as notas da Rumo com vencimento semelhante -- há apenas alguns meses, as notas da Hidrovias apresentavam um rendimento menor que as da rival. Os bônus das empresas brasileiras renderam, em média, 0,6% em fevereiro.

A Hidrovias conta com investidores como Pátria Investimentos, Alberta Investment Management e IFC, do Banco Mundial.

A barragem destruída da Vale não foi o único problema a afetar a dívida da Hidrovias. Em junho, a operadora de barcaças perdeu um contrato com uma trading de soja da Mitsui no Brasil. Mas, como o contrato continha uma cláusula de 'take-or-pay', a Mitsui foi forçada a pagar mais de US$ 103 milhões para a Hidrovias.

A mesma regra também rege o acordo da empresa de transporte com a Vale, o que deve dar mais segurança aos investidores, de acordo com Vailati.

FONTE: UOL

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