Últimas Notícias.
Seu portal de informações empresariais

Atenção: Ressaltamos que as notícias divulgadas neste site provem de informações oriundas de diversas fontes, não ficando a INFORMARE responsável pelo conteúdo das mesmas.

23/02/2017 - Queda da taxa Selic ainda não bateu no bolso do consumidor

O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou ontem nova redução na taxa básica de juros da economia, a chamada Selic, em 0,75 ponto percentual, de 13% para 12,25% ao ano. Trata-se do menor patamar para a Selic desde o início de 2015, quando estava em 11,75% ao ano, e da quarta redução seguida feita pelo Banco Central.

A realidade para o consumidor, contudo, é bem diferente. Em janeiro, a taxa cobrada nas operações com cartão de crédito rotativo, voltou a subir atingindo expressivos 486,8% ao ano. É um novo recorde histórico. Em dezembro do ano passado, os juros dessa modalidade de crédito estavam em 484,6% ao ano.

No caso do cheque especial, o juro médio cobrado pelos bancos nas operações com pessoas físicas registrou pequena queda, passando de 328,6% ao ano, em dezembro do ano passado, para 328,3% ao ano em janeiro deste ano. É um valor próximo ao recorde histórico de 330% ao ano, registrado em novembro de 2016.

O governo promete reverter esse quadro. A equipe econômica anunciou recentemente um pacote de medidas com o objetivo de reduzir a taxa de juro médio da economia. O pacote tem como base três pilares: incentivar a adimplência e o controle das garantias, reduzir os custos administrativos e aumentar a concorrência, reduzindo os subsídios cruzados.

Com esse pacote pretende-se baixar os juros do cartão de crédito para mais da metade do patamar cobrado atualmente pelos bancos. Uma das medidas é limitar o prazo para o pagamento do rotativo (que é quando é feito o pagamento do valor mínimo da dívida, com o parcelamento do restante) para até 30 dias. Se implementada, a medida vai reduzir os juros do cartão dos atuais 486% para cerca de 240% ao ano.

A expectativa da equipe econômica é que isso possa acontecer já no final do primeiro trimestre de 2017, segundo o Ministério da Fazenda. Serão necessários cerca de 90 dias para as medidas começarem a ser implementadas.

Um dos principais desafios do governo em 2017 é avançar no ajuste fiscal, especialmente com a reforma da previdência. O que isso tem a ver com o seu cotidiano? Ao equilibrar as contas do Estado, abre-se espaço para reduzir os juros de forma consistente, sem gerar mais inflação.

O Banco Central vem reduzindo os juros e mantendo a inflação no centro da meta de 4,5%. Caso o pacote de medidas para reduzir os juros médio da economia seja implementado, o Brasil deixará de ostentar esta inconveniente liderança de país com as maiores taxas de juros reais do mundo.

FONTE: UOL

Voltar