Seu computador está protegido contra roubos de dados pessoais que podem resultar em fraude de identidade? A resposta está em um teste desenvolvido pelos especialistas em segurança da Serasa Experian que pode ser acessado no site https://serasa.certificadodigital.com.br/teste-de-fraude/.
O Indicador mensal da Serasa Experian alerta que, apenas em março, foram registradas 157.375 tentativas de fraude de identidade, na qual dados pessoais são usados por criminosos para firmar negócios sob falsidade ideológica ou mesmo obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos. O número é 13,6% maior que o registrado em fevereiro, quando foram registradas 138.493 tentativas.
Segundo os economistas da Serasa Experian, o aumento mensal das tentativas de fraude em março foi influenciado pelo efeito-calendário e pelo feriado do carnaval, fazendo com que março registrasse 3 dias úteis a mais que fevereiro. Na comparação anual, no entanto, houve diminuição de 14,1% nas fraudes em março de 2016 em comparação com março de 2015.
A recessão econômica e o aumento do desemprego está provocando diminuição do movimento do consumidor tanto no varejo quanto na busca por crédito, reduzindo os alvos potenciais de atuação dos fraudadores na captura de informações pessoais.
Segmentos mais afetados
O segmento de telefonia é o mais afetado, sendo responsável por 41,5% do total de tentativas de fraude identificadas em março (65.359). Isso significa que os dados pessoais dos consumidores são utilizados por terceiros para abertura de contas de celulares ou compra de aparelhos, por exemplo. Em relação a fevereiro de 2015, o aumento das tentativas de fraude neste segmento foi de 14,0%.
Caso a fraude no segmento de telefonia seja bem sucedida, funciona como uma “porta de entrada” para os fraudadores poderem aplicar golpes de maior valor em outros setores da economia. Os golpista costumam comprar telefone para ter um endereço e comprovar residência, por meio de correspondência, e, assim, abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedir cartões de crédito e fazer empréstimos bancários em nome de outras pessoas.
O segmento de serviços vem em seguida no ranking dos setores com mais tentativas de fraude identificadas pelo indicador em março (47.808), representando 30,4% do total. Na comparação com fevereiro de 2015, o aumento foi de 14,4%.
O terceiro segmento mais afetado é o de bancos e financeiras, com 19,7% do total (31.039). Este setor foi o que apresentou o maior percentual de aumento mensal nas tentativas de fraude em março de 2016 em comparação com o mês anterior, com aumento de 16,6% nas tentativas.
Entre as principais tentativas de golpe apontadas pelo indicador da Serasa Experian estão:
Compra de celulares com documentos falsos ou roubados.
Emissão de cartões de crédito: o golpista solicita um cartão de crédito usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima e o prejuízo para o emissor do cartão.
Financiamento de eletrônicos (Varejo) – o golpista compra um bem eletrônico (TV, aparelho de som, celular etc.) usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a conta para a vítima.
Abertura de conta: golpista abre conta em um banco usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima. Neste caso, toda a “cadeia” de produtos oferecidos (cartões, cheques, empréstimos pré-aprovados) potencializa possível prejuízo às vítimas, aos bancos e ao comércio.
Compra de automóveis: golpista compra o automóvel usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima.
Abertura de empresas: dados roubados também podem ser usados na abertura de empresas, que serviriam de ‘fachada’ para a aplicação de golpes no mercado.
Precauções
No mundo físico:
Não perder de vista seus documentos de identificação quando solicitados para protocolos de ingresso em determinados ambientes ou quaisquer negócios; do mesmo modo, não deixar que atendentes de lojas e outros estabelecimentos levem seus cartões bancários para longe de sua presença sob a desculpa de efetuar o pagamento.
Tomar cuidado ao digitar a senha do cartão de débito/crédito na hora de realizar pagamentos, principalmente na presença de desconhecidos.
Não informar os números dos seus documentos quando preencher cupons para participar de sorteios ou promoções de lojas.
No mundo virtual:
Ao ingressar em um site, verificar se possui certificado de segurança. Para isso, basta checar se o http do endereço vem acompanhado de um “s” no final (https). Há ainda certificados que ativam um destaque em verde na barra do navegador.
Não fazer cadastros em sites que não sejam de confiança.
Ter cuidado com sites que anunciam oferta de emprego ou produtos por preços muito inferiores ao mercado.
Não compartilhar dados pessoais nas redes sociais que podem ajudar os golpistas a se passarem por você.
Manter atualizado o antivírus do seu computador, diminuindo os riscos de ter seus dados pessoais roubados por arquivos espiões.
Evitar realizar qualquer tipo de transação financeira utilizando computadores conectados em redes públicas de Internet.
Ao usar computadores compartilhados, verificar se fez o log off das suas contas (email, internet banking, etc.).
