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30/01/2015 - Chuva deve se manter abaixo da média em fevereiro, aponta ONS

As chuvas tão esperadas para aliviar a crise elétrica e de abastecimento devem continuar abaixo da média nas regiões Sudeste e Centro-Oeste ao longo de fevereiro, aponta relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgado nesta sexta-feira (30).

Esta situação, se confirmada, dificulta ainda mais a recuperação de reservatórios de hidrelétricas, além daqueles usadas para armazenar água destinada ao consumo humano, elevando as chances de um novo racionamento no país.

O ONS traçou três cenários para a quantidade de água que deve chegar às represas até o final de fevereiro. No melhor deles, seria equivalente a 67% da média para o mês, para o Sudeste e Centro-Oeste, onde estão as principais hidrelétricas do país, responsáveis por cerca de 70% de nossa capacidade de geração de eletricidade.

No pior cenário, a chamada afluência seria de apenas 38% da média para fevereiro, também nas duas regiões. Se isso acontecer, estima o operador, esses reservatórios chegariam ao final do mês com nível de água de 15,5% da capacidade total. Hoje, ela é de 16,82%.

No dia 16 de janeiro, o Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério de Ciência e Tecnologia disse que o Sistema Cantareira continuaria a registrar chuvas abaixo da média pelo menos até abril.

A previsão divulgada na ocasião era de que haveria chuvas abaixo da média esperada para o período nas regiões do sul de Minas Gerais e do interior de São Paulo, áreas em que a água do sistema que abastece a capital paulista e a Grande São Paulo é capturada.

Hidrelétricas pararam em SP
A crise no setor elétrico é provocada pela falta de chuvas desde o final de 2012, que vem reduzindo o volume de água nos principais reservatórios de hidrelétricas do país. A situação é tão alarmante que duas hidrelétricas, de Paraibuna e Santa Branca, em São Paulo, pararam de gerar energia por falta de água. É a primeira vez que o ONS registra isso.

Essa falta de chuvas acontece durante o período chuvoso na região Sudeste, que vai de novembro a abril. Nessa época, normalmente, os reservatórios se enchem. Entretanto, nas últimas semanas tem ocorrido justamente o contrário.

Por conta disso, o país tem usado com mais intensidade as termelétricas, que geram energia por meio da queima de combustíveis como óleo e gás. Hoje essas usinas atendem a cerca de 20% da demanda do país e estão no limite.

A eletricidade produzida pelas termelétricas é mais cara e o uso delas provoca aumentos nas contas de luz, que já estão sendo vistos pelos consumidores. Entretanto, se não fosse por elas, o país já estaria sob um racionamento.

Nesta mesma época em 2001 a situação das represas de hidrelétricas era melhor mas, apesar disso, o racionamento foi necessário porque o país não tinha tantas termelétricas com atualmente.

Falta de energia
Em entrevista nesta sexta, no Rio, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, negou, por enquanto, necessidade de um novo racionamento. Segundo ele, o sistema nacional ainda consegue atender a toda a demanda por energia. Braga, porém, admitiu que “o desafio [da gestão de energia] não é pequeno”.

“Energia nós temos, volto a dizer. O nosso problema é quando nós temos os picos de demanda. Agora, temos de qualquer forma, uma crise hidrológica, que todos estão acompanhando, não apenas no estado de São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, que também afeta o setor elétrico, que nós estamos monitorando, acompanhando e fazendo uma gestão fina”, disse.

FONTE: G1

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