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21/11/2014 - Universitários criam fábrica de óculos de grau de baixo custo para doação

Um grupo de alunos e professores do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), em São Paulo, criou uma fábrica de óculos de grau a baixo custo para serem doados em comunidades carentes. O projeto, chamado VerBem, integra a ONG Renovatio, ligada ao Insper, e funciona como atividade extracurricular aos alunos. O trabalho dos fundadores é voluntário e a empresa não tem fins lucrativos.

O que começou como um projeto universitário virou negócio. A empresa que emprega três pessoas, e produz, em média, 12 óculos por dia, no Instituto da Visão, na Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo, vai crescer. O projeto foi premiado na categoria Universidade Solidária, do Prêmio Santander Universidades, no dia 5 de novembro, e ganhou R$ 100 mil para investir na empresa.

O dinheiro vai servir para montar uma nova fábrica na comunidade Vila Nova Esperança, no Butantã, na Zona Oeste de São Paulo, triplicar o número de funcionários e a produção. Os empregados são pessoas que estão em vulnerabilidade social como ex-presidiários, moradores de rua e refugiados, têm por obrigação além de trabalhar, estudar e participar de programas culturais.

Duplo impacto

Os óculos estão disponíveis em apenas um modelo em cores e tamanhos diferentes. A armação de aço flexível e as lentes vêm da Alemanha, da Fundação OneDollarGlasses, matriz que originou o projeto no Brasil. Há lentes apenas para casos de miopia e hipermetropia entre seis graus negativo e seis positivo.

Desde junho deste ano, quando as atividades foram iniciadas, já foram produzidos 800 óculos. Cerca de 600 foram doados para comunidades carentes em São Paulo e famílias ribeirinhas do Pará. Os óculos são oferecidos para pacientes com receitas do Sistema Único de Saúde (SUS).

O objetivo do atividade é gerar um duplo impacto, segundo estudante de economia Fabio Rodas Blanco, de 21 anos, um dos organizadores do VerBem. “Atendemos pessoas em situação de vulnerabilidade social e nossa outra missão é produzir objetos que gerem impacto.”

Queremos chegar a toda população que não pode pagar por um óculos, que vive na extrema pobreza, para poder ajudar em seu desenvolvimento pessoal e profissional.” O estudante diz que a meta da empresa é dentro de três a quatros anos, exterminar o problema de falta de visão gerado por ausência de óculos em todo o país.

Para Bruna Vaz, de 20 anos, estudante de administração e diretora financeira do VerBem, o negócio propicia que todo o conhecimento da faculdade seja utilizado na prática. “Nunca aprendi tanto e fazemos tudo voluntariamente. Abrimos mão de férias e viagens para nos dedicarmos ao projeto porque é gratificante e acreditamos no seu impacto.”

Mesmo depois de se formarem na faculdade, os alunos pretendem participar do projeto atuando no conselho consultivo. A tendência, segundo eles, é de que outros voluntários sejam agregados e que os funcionários possam treinar os novos colaboradores e subir na escala hierárquica da empresa.

O VerBem terá uma plataforma na internet para doações, patrocínios de empresas e vendas online para o público que queira comprar. Por enquanto, o contato com o grupo pode ser feito pela página no Facebook.

FONTE: G1

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