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17/10/2014 - Brasil: Debate marca estreia de ataques pessoais próximo à última semana de campanha

Os candidatos à presidência do Brasil realizaram ataques pessoais no debate de ontem à noite após as pesquisas mostrarem a presidente Dilma Rousseff e o ex-governador Aécio Neves em empate técnico nove dias antes da eleição.

Dilma perguntou a Aécio no debate televisivo se ele apoia os controles de alcoolemia dos motoristas, levando seu rival a dizer que ele tinha pedido desculpas por não realizar o teste do bafômetro quando foi parado pela polícia com a carteira de habilitação vencida. A candidata à reeleição continuou dizendo que jamais dirigiria embriagada.

"Eu acho muito importante a Lei Seca para o Brasil e acho que o senhor está tentando diminuí-la", disse ela a Aécio no debate, o segundo de quatro durante os preparativos para a votação do segundo turno, no dia 26 de outubro. "No Brasil, todos os dias, todas as semanas, tem gente morrendo por acidentes de trânsito quando um motorista dirige embriagado ou drogado".

Tecnicamente empatados nas pesquisas mais recentes, Aécio e Dilma entraram em confronto no debate a respeito de economia, corrupção, segurança e educação. Os candidatos mencionaram as famílias um do outro, trocando acusações de nepotismo. Os ataques pessoais de ontem à noite refletiram uma nova fase da campanha, que está se tornando cada vez mais competitiva, disse Thiago de Aragão, sócio e diretor de estratégia da Arko Advice, por telefone.

"Até mesmo entre os políticos existe um código de cavalheiros, mas esse código de cavalheiros é abandonado quando você fica mais próximo de uma definição em uma grande competição como essa", disse ele. "Isso começou agora e se começou agora podemos fazer uma avaliação de que apenas aumentará nos próximos dias porque eles testarão como a população está reagindo".

'Olhemos para frente'

A campanha de Aécio disse que não faria comentários sobre o debate, em resposta por e-mail a questões a respeito da menção de Dilma à sua infração de trânsito. A campanha da presidente não respondeu imediatamente a um e-mail e a telefonemas em busca de comentário sobre o tom do debate.

"Eu fui parado em um posto de controle da polícia porque minha carteira estava vencida e ali naquele momento, inadvertidamente, não fiz o teste", disse Aécio no debate. "Eu pedi desculpas, lamentei isso, ao passo que a senhora não se arrepende de nada do seu governo. É importante que nós olhemos para a frente. Vamos falar do Brasil".

Aécio atacou repetidamente as políticas econômicas de Dilma, dizendo que elas levaram a um aumento da inflação, a um crescimento fraco e a uma queda nos investimentos. A candidata à reeleição disse que as medidas para conter os aumentos dos preços ao consumidor quase triplicariam a taxa de desemprego e reduziriam os salários.

Taxa de desemprego

A taxa de desemprego caiu para 5 por cento em agosto, contra 5,3 por cento um ano atrás, enquanto a economia está a caminho de criar pelo menos 1 milhão de empregos neste ano, disse o ministro do Trabalho, Manoel Dias, a repórteres, em Brasília, em 15 de outubro.

Contudo, a economia entrou em recessão no primeiro semestre do ano e a inflação ultrapassou o limite superior da meta do Banco Central duas vezes nos últimos três meses.

Dilma, do Partido dos Trabalhadores, recebeu 42 por cento dos votos no primeiro turno, no dia 5 de outubro, contra 34 por cento de Aécio, do Partido da Social Democracia Brasileira.

Aécio tem 45 por cento de apoio no segundo turno e Dilma, 43 por cento, segundo pesquisas separadas publicadas pelo Ibope e pelo Datafolha no dia 15 de outubro. Ambas pesquisas têm uma margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

"Considerando que as pesquisas estão equilibradas, e muito polarizadas, a agenda de desconstrução tende a ganhar força e eventualmente entrar na esfera pessoal", disse Rafael Cortez, analista político da empresa de consultoria Tendências, por telefone.

FONTE: UOL

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